Descrição de chapéu Zona Oeste

Passarela na zona oeste de SP tem desnível e alaga na chuva

Pedestres relatam problemas em passagem próxima ao estádio do Palmeiras

A passarela Palmeiras Arrancada Heroica-1942, localizada na região da Pompeia (zona oeste de São Paulo), acumula poças de água, tem desnível e, praticamente, não tem cobertura. 

A passarela liga o lado par da avenida Antártica à praça Tomás Morus, situada no lado impar da avenida.

O desnível de dois blocos de concreto está próximo à área da passarela na entrada do trecho par da avenida Antártica. A parte superior, onde os pedestres caminham, ganhou uma placa de ferro para tentar minimizar a diferença. Além disso, nos dias chuvosos, o local acumula água.

Desnível na passarela Palmeiras Arrancada Heroica-1942, na região da Pompeia, na zona oeste de SP - Rivaldo Gomes/Folhapress

Já na parte inferior, é possível ver o deslocamento de sete centímetros entre os blocos. A água acumulada em cima escorre pela fresta, criando uma goteira sobre uma das poucas partes cobertas da passarela.

A estudante Bárbara Robiatti, 27, utiliza o espaço diariamente. Ela afirma que a passarela está com esses problemas há mais de um ano. Bárbara diz que evitar a estrutura significaria caminhar mais 10 minutos, "porque teria que subir a rua e esperar o farol fechar".

O trecho da passarela sob o lado impar da avenida Antártica também tem problemas. Nele há outro ponto de alagamento, fazendo com que os pedestres precisem pisar na água para passar.

“Em dia de chuva, eu não passo de novo”, conta o motorista Maycon Edullon, 23 anos. Além do desnível, Maycon chama a atenção para a falta de cobertura e de segurança. Para ele, parte dos galhos das árvores que cobrem a passarela deveriam ser podados.

Próximo à passarela há o viaduto Antártica, também com desnível. Quem passa pela avenida Auro Soares de Moura Andrade, consegue ver o distanciamento dos blocos de concreto.

Tráfego pode ter causado  o problema, diz engenheiro

Para o professor do departamento de Engenharia Civil no Centro Universitário da FEI Rafael Castelo, o desnível na passarela pode ter sido causado pelo aumento do tráfego na avenida abaixo, o que geraria uma vibração exagerada no pavimento.

Segundo o engenheiro, casos como esse trazem problemas de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida ou cadeirantes, por exemplo. Além disso, "existe o risco de um pequeno acidente, como tropeços e quedas".

A iniciativa da prefeitura em ter colocado uma chapa de ferro "é uma solução temporária, para deixar a passarela em condição de uso", diz Castelo.

De acordo com o professor, para realmente resolver o problema é necessário elevar a estrutura para corrigir o desnível. "Qualquer deformação em uma passarela ou obra civil é uma situação incomum".

Castelo acredita que a chance de a passarela cair é muito pequena. "Mesmo com o desnível, a estrutura está estável", diz o engenheiro.

Resposta

A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão Bruno Covas (PSDB), informa que a "Passarela Palmeiras Arrancada Heroica foi vistoriada visualmente na última segunda-feira (24). De acordo com a administração, não foi constatado qualquer dano estrutural que possa comprometer a estabilidade da estrutura ou representar risco aos pedestres que lá circulam e aos motoristas".

Segundo a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, a estrutura faz parte do Plano de Recuperação de Pontes e Viadutos.

Ainda segundo a pasta, o viaduto Antártica também passou por "vistoria visual e não apresentou problemas estruturais". Uma nova inspeção em toda a estrutura será feira. Para isso, um edital foi lançado em janeiro.

Já em relação às árvores, a Subprefeitura Lapa disse que não há solicitações de podas na praça Tomás Morus. Mesmo assim, a administração diz que acionou a Enel, distribuidora de energia elétrica, para realizar poda preventiva, “pois os galhos estão em contato com a fiação”, justifica. 

Em nota, a Enel Distribuição São Paulo informa que atendeu às solicitações de poda feitas pela Subprefeitura da Lapa. De acordo com a empresa, “a área em questão é de proteção ambiental e qualquer solicitação para remoção só pode ser realizada mediante autorização da Secretaria Estadual do Verde e do Meio Ambiente".

Assuntos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.