Cidade de São Paulo ultrapassa os 100 mil casos do novo coronavírus

Capital paulista também soma quase 5.500 mortes da doença, segundo boletim da gestão Covas

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São Paulo

A cidade de São Paulo ultrapassou a marca de 100 mil casos do novo coronavírus nesta segunda-feira (15), Segundo boletim divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde, gestão Bruno Covas (PSDB), ao todo foram contabilizados 100.627 pessoas que tiveram a doença no município.

De acordo com o documento, a pasta contabiliza ainda outros 228.568 casos suspeitos, 5.474 mortes confirmadas e 4.847 suspeitas, totalizando 10.321 óbitos. Entre a confirmação do primeiro caso de Covid-19, em 26 de fevereiro —o de um homem de 61 anos, morador da zona sul, que havia viajado para a Itália—, e os 100 mil casos, foram 110 dias.

A cidade é responsável por 11,2% dos casos de todo o Brasil. Segundo o consórcio entre Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL, 891.556 pessoas foram infectadas com a Covid-19 no país ,

A capital paulista precisou de 90 dias para ultrapassar os 50 mil casos da doença —em 26 de maio, alcançou a soma de 51.852 doentes. Assim, em apenas 20 dias, o município dobrou a marca, chegando aos 100.627 registros desta segunda-feira.

A cidade tem praticamente o mesmo número de casos que todo o Canadá (100.707). Há mais pessoas com confirmação da doença em São Paulo que na China (84.339), onde foram descobertos os primeiros registros do novo coronavírus no fim do ano passado. A capital paulista tem mais casos que Colômbia (51.087) e Equador (46.751) juntos.

Entre o boletim de domingo (14) e desta segunda, foram mais 3.382 casos na cidade. O número foi atingido na semana seguinte à reabertura do comércio —na última quarta (10), lojas de rua foram autorizadas a funcionar das 10h às 15h. No dia seguinte, a autorização foi dada para centro de compras populares (das 6h às 10h) e aos shoppings centers (das 16h às 20h).

Um dos argumentos para flexibilização da economia foi a redução da taxa de ocupação de leitos de UTIs (unidades de terapia intensiva). Segundo o boletim desta segunda-feira, ela estava em 59%.

Um dos novos registros do fim de semana foi o do prefeito Bruno Covas (PSDB), que teve a confirmação da doença no sábado (13). O tucano, assintomático, está isolado e realizando reuniões por videoconferência, segundo sua assessoria.

Resposta

Questionada sobre ações para diminuir a propagação do novo coronavírus, quando a cidade ultrapassou a marca de 100 mil casos, a Secretaria Municipal da Saúde, da gestão Bruno Covas (PSDB), diz que vem realizando diversas ações para o enfrentamento ao coronavírus na capital. Logo no início da pandemia na capital,, afirma, em pouco mais de duas semanas, a cidade ergueu dois hospitais municipais de campanha, no Anhembi e no Pacaembu, com capacidade para 2.000 leitos sendo 80 deles de UTI . "Até o momento, mais de 5.770 pacientes já passaram pelas unidades e mais de 4.540 receberam alta", diz a nota.

A secretaria também cita a criação de leitos de UTI para a capital com a inauguração de novos hospitais, como Brasilândia, Bela Vista e Guarapiranga.

A pasta também afirma que contratou leitos privados. "Antes da pandemia, eram 507 leitos de UTI disponíveis, atualmente, já são 1.183 disponíveis e, em breve, chegaremos a 1.550. leitos."

"Já no Hospital M’Boi Mirim, uma unidade anexa com 100 leitos foi incorporada à operação do Hospital Municipal M'Boi Mirim após o fim da pandemia da Covid-19", diz o texto.

"A SMS ressalta que houve também intensificação das visitas domiciliares pelas equipes de família com objetivo de trabalho educativo e identificando em tempo oportuno os sintomáticos respiratórios; utilizar as informações das famílias cadastradas pelas equipes da Estratégia Saúde da Família e garantir a vacinação casa a casa para idosos e acamados além de verificar possibilidade de distribuição de insumos nestas residências."

A pasta afirma que mais de 154 mil pacientes já foram monitorados pelas equipes das UBSs (Unidades Básicas de Saúde). São pessoas com sintomas leves e moderados diagnosticadas com a Covid-19. "A atuação consiste no monitoramento telefônico diário dos casos, por um período de 14 dias. Se não há contato, as equipes realizam visitas domiciliares. Nas regiões com Estratégia de Saúde da Família, há intensificação das ações com profissionais de saúde e agentes comunitários de saúde", afirma parte do texto.

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