Volta às aulas na rede municipal da capital paulista será total em fim de ciclo
Alunos também não devem ser reprovados neste ano; retorno está previsto para 8 de setembro e creches voltarão com 35% das crianças
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), pretende que 100% dos alunos que estão em final de ciclo voltem às aulas no dia 8 de setembro. Isso inclui os estudantes que cursam os últimos anos do ensino infantil, no terceiro, no sexto e no nono ano do ensino fundamental, e também no terceiro ano do ensino médio.
"Esses alunos voltam para valer, sem revezamento, divididos em salas para que exista o distanciamento de um metro e meio. As outras séries devem permanecer com as aulas à distância, que incluem os livros e o conteúdo na internet", diz o secretário Municipal de Educação, Bruno Caetano.
Isso porque, segundo o secretário, a gestão analisou que pedagogicamente seria mais adequado trabalhar o conteúdo com estes grupos de estudantes que mudarão de ciclo no ano seguinte. O grupo irá representar perto da capacidade estudantes que terão autorização para retornar às aulas, de acordo com o plano de reabertura traçado pelo governo estadual.
O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (24) que a retomada de aulas presenciais em todos os níveis de ensino das redes pública e particular está previsto para o dia 8 de setembro. Na primeira de três etapas, as salas terão ocupação máxima de 35%, com revezamento de estudantes durante a semana.
Caetano afirma ainda que neste ano letivo não haverá retenção, "uma vez que os conteúdos [complementares] serão distribuídos pelos próximos dois anos". No retorno, os alunos serão submetidos a uma prova, justamente para avaliar o conteúdo que foi absorvido no período de aulas em casa.
O secretário afirma que a gestão trabalha com a possibilidade de que seja necessário esticar o ano letivo até fevereiro. Segundo ele, a ideia é que o plano de retorno às aulas seja apresentado para os sindicatos, associações, professores e para outros grupos participativos do sistema de ensino para validar os protocolos.
Creches
As creches da cidade de São Paulo também voltarão a funcionar no dia 8 de setembro, com a presença de 35% das crianças, de acordo com a capacidade de cada unidade.
A proposta é que nesta primeira etapa é que regressem às creches os alunos do chamado "Mini Grupo 2", que engloba crianças entre 3 e 4 anos. A escolha por esta faixa etária ocorre porque estes alunos irão para a pré-escola no ano letivo seguinte.
Protocolos
Entre as propostas para o retorno às aulas, a prefeitura pretende disponibilizar quatro termômetros para cada escola para que a temperatura dos alunos seja medida, todos os dias, na entrada.
Também serão distribuídos kits individuais com máscara, sabonete e copo (para que alunos não tomem água diretamente dos bebedouros), disponibilização de álcool em gel em todas as unidades e demarcação de lugares visando o distanciamento.
Sobre o uso de máscaras, Bruno Caetano afirma que ainda não está definido se o item será obrigatório durante as aulas.
O uso de máscaras é uma das preocupações de pais ouvidos pela reportagem, tanto da rede estadual quanto da municipal.