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Bares e restaurantes sugerem vetar cliente em pé para abrir na capital paulista

Governos Doria e Covas devem anunciar nesta sexta-feira se liberam reabertura na próxima semana na cidade de São Paulo

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São Paulo

Bares e restaurantes sugerem mudanças no atendimento para voltarem a abrir na capital paulista. Entre as propostas estão redução em 40% na capacidade de atendimento, marcação no chão para distanciamento, medição de temperatura na porta, cuidados rígidos com higiene, proibir música ao vivo e até clientes em pé.

As propostas fazem parte de um documento protocolado para análise pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) na Prefeitura de São Paulo.

Maria Tereza, dona de restaurante na Vila Olímpia (zona oeste), já colocou divisórias de acrílico e separou as mesas à espera da reabertura na capital paulista - Ronny Santos/ Folhapress

Os governos estadual e municipal devem anunciar hoje se liberaram bares a restaurantes a reabrirem, a partir da análise da proposta, o que poderá começar a ser feito na segunda-feira (29). Os locais estão fechados desde março por causa da quarentena da Covid-19.

Na quarta-feira (24), o prefeito Bruno Covas (PSDB)disse em uma live para um banco que a cidade pode avançar de fase (de laranja para amarela) na próxima semana. A informação sobre negociações para avanço de etapa foi confirmada nesta quinta pelo governador João Doria (PSDB) em entrevista à TV Bandeirantes.

O presidente da Abrasel, Percival Maricato, considera esse um bom momento para a retomada, mas acredita, que a princípio, a maioria dos estabelecimentos terá dificuldade no início.

“É apenas um passo pra dentro da nova normalidade e pode ajudar no treinamento de funcionários, recuperação da confiança da clientela, reposição de estoque”, afirma.

“Não vai ser lucrativo porque vai haver muitas exigências que custam dinheiro, tem o afastamento do público e uma urgência de acertar todas as despesas antes”, diz Maricato.

Só na cidade de São Paulo existem aproximadamente 100 mil bares e restaurantes, entre marcas independentes, redes e franquias, segundo a associação.

Empresária treinou seus funcionários

Maria Teresa Pereira, dona do Espaço Hibisco, na Vila Olímpia (zona oeste), fez uma série de modificações no restaurante para poder reabri-lo nos próximos dias.

Ela colocou em todas as mesas de quatro lugares uma divisória de vidro, comprou estoques de álcool em gel, tapetes para a entrada com produto de limpeza e pagou um curso online para os funcionários saberem como voltar a atender o público tendo em mente a preocupação com o vírus.

“Até agora tive R$ 9,000 de gastos, isso representa 60% do resultado líquido de um bom mês. É realmente um investimento alto”, diz.

Apesar chance de reabertura, há quem ainda veja a liberação com cautela. Um dos sócios dos restaurantes Jhony’s bar, no centro, decidiu manter as portas fechadas nos quatro pontos existentes ao menos por mais duas semanas.

A rede sofreu prejuízos com a pandemia: dos cerca de cem funcionários, apenas 30 seguem trabalhando no esquema de entrega. O restante está afastado. Mesmo assim, os estabelecimentos não vão abrir já.

A decisão foi tomada em conjunto com funcionários em uma reunião na quinta-feira (24). Somente o delivery será mantido.

“Nós vamos esperar uns 15 dias antes de reabrir para o público geral por questões de segurança dos funcionários e clientes”, disse o sócio Antônio Genésio.

Bares e restaurantes - orientação para reabertura

Redução no atendimento

  • Reduza o número de pessoas no local em no máximo 40% da capacidade habitual

Distância entre as mesas

  • Mantenha um espaçamento de 1 metro entre as cadeiras e 2 metros entre as mesas

Medição de temperatura

  • Funcionário deve medir a temperatura dos clientes na entrada. Se estiver maior que 37,5°, não será permitida a entrada

Atendimento mediante reservas

  • Sempre que possível, priorize o atendimento mediante reservas feitas por meio digital ou telefone

Cuidados com a higiene

  • O funcionário encarregado de manipular itens sujos deve usar luvas descartáveis e trocá-las regularmente.
  • O funcionário deve lavar as mãos antes de manipular os itens limpos, evitar falar enquanto manuseia os alimentos
  • Higienize os equipamentos e utensílios após cada utilização pelos clientes, como cardápios e comandas

Cuidados com a superfícies

  • Higienize sempre após cada uso as superfícies de toque, como cadeiras, mesas e bancadas

Sanitários

  • Mantenha higienizados no mínimo a cada duas horas, durante o período de funcionamento e sempre quando do início das atividades

Ar-condicionado

  • Mantenha a cozinha e salão bem ventilados. Verifique se o ar-condicionado está com os filtros limpos e manutenção em dia.

Cobrança

  • Os caixas podem possuir barreiras físicas em acrílico ou vidro para diminuição de contato
  • Maquininhas devem ser envelopadas com filme plástico e higienizadas com o álcool em gel 70% após cada uso

Buffet (autosserviço)

  • Oriente os clientes a higienizarem as mãos com álcool em gel, utilizarem máscaras e eventualmente usarem luvas, antes de manusear os pratos e talheres

Segurança

  • Equipamentos de buffet devem dispor de protetor de saliva para proteger os alimentos e utensílios

Fila

  • Providencie marcações no chão, indicando a distância mínima de 1 metro entre os clientes

Bares

  • Será permitido apenas a permanência de clientes que estejam sentados
  • Proibido shows, música ao vivo, entre outros
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