Urna eletrônica quebra e eleitores votam em cédulas de papel na zona leste de São Paulo
Técnicos tentaram consertar o equipamento, que foi substituído por outro que também não funcionou
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A votação do segundo turno para prefeito na cidade de São Paulo precisou ser feita em cédulas de papel neste domingo (29) na Escola Municipal Firmino Tiburcio da Costa, na Cidade Patriarca (zona leste).
Segundo funcionários do cartório eleitoral da Vila Matilde ouvidos pela reportagem, o problema na urna eletrônica da seção 196 ocorreu no início da manhã.
Técnicos do cartório tentaram consertar o aparelho, mas não tiveram sucesso. Por isso, optaram pela substituição por uma nova urna, que também não funcionou. Assim, tiveram de chamar um juiz eleitoral, que autorizou a votação em cédulas, por volta das 11h.
De acordo com mesários e funcionários do cartório presentes, a orientação para eleitores que chegaram enquanto o problema ainda não tinha sido resolvido era retornar no período da tarde.
Segundo os funcionários do cartório, no primeiro turno das eleições a votação ocorreu normalmente na seção 196.
Em nota, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) esclarece que o cartório eleitoral responsável providenciou a substituição da urna eletrônica por outros equipamentos, mas como o flash card (cartão de memória) da seção também estava danificado, não pode ser usado em mais nenhum equipamento eletrônico.
De acordo com a Justiça eleitoral, somente essa seção teve votação em cédulas de papel, em todo o estado de São Paulo. No primeiro turno, em 15 de novembro, uma urna de São Carlos (213 km de SP) teve problemas e a votação precisou ser realizada em cédulas de papel.
Apesar do processo manual ser um pouco mais demorado —é preciso escrever a próprio punho o número do candidato— não houve registro de filas na seção da escola da zona leste de São Paulo.
A técnica de raio-X Anny Claisy Canavesi, 39 anos, diz que ficou surpresa com a votação em papel, mas não viu problemas no procedimento.
“Quando vim mais cedo, falaram que a urna estava quebrada e pediram para voltar depois. Agora, foi bem rápido, me orientaram direitinho e concluí meu voto”, disse.
Por outro lado, a administradora Ângela Carvalho, 46 anos, disse ter ficado confusa com o processo. “Como não trouxe a cola, na hora me deu um branco do número, coloquei o número que lembrava por alto”, afirma. “Me sentia mais segura digitando a sigla na urna e aparecendo a foto do candidato, me dava mais certeza.”
Após o fim da votação, a urna é lacrada e, como as demais urnas eletrônicas, levada ao cartório eleitoral. No local, a apuração dos votos em papel é feita perante a Junta Eleitoral, presidida pelo juiz eleitoral, e os votos são digitados numa urna eletrônica de contingência, explica o TRE-SP.