Descrição de chapéu Coronavírus

Empresas pedem que motoristas de ônibus tenham prioridade na vacinação contra Covid

Governo Doria diz que definição de fases da campanha é "baseada em protocolos técnicos"

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São Paulo

A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo apresentou na semana passada um ofício ao governo paulista, gestão João Doria (PSDB), pedindo que os motoristas de ônibus tenham prioridade na vacinação contra a Covid-19. Na última segunda-feira (7), Doria anunciou que a imunização será iniciada no dia 25 de janeiro de 2021, apesar de a vacina Coronavac ainda não ter sido certificada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

No documento, assinado pelo presidente da federação, Mauro Artur Herszkowicz, a entidade afirma que os condutores estão "na linha de frente junto à população" e considera o serviço de transporte coletivo como "essencial e indispensável".

A federação afirma ainda que os motoristas, "a despeito da pandemia e de todas as dificuldades, vêm suprindo a demanda de transporte da população". A entidade representa empresas rodoviárias internacionais, interestaduais, intermunicipais, metropolitanas e urbanas. Cerca de 30 mil condutores prestam serviços a essas companhias.

De acordo com o último balanço publicado pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, até o fim de outubro a categoria teve 77 mortes confirmadas por Covid-19 na capital. Ainda segundo o sindicato, 335 profissionais tiveram diagnóstico positivo para o novo coronavírus na cidade.

O que diz o estado

Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde não informou claramente se irá atender ou não a reivindicação das empresas de ônibus. Por meio de nota, a pasta disse que "toda definição públicos-alvo e fases é baseada em protocolos técnicos e normas estabelecidas pelas autoridades sanitárias".

A primeira fase da vacinação, prevista para 25 de janeiro, contempla idosos, profissionais da saúde, indígenas e quilombolas. "O cronograma de prioridades foi estabelecido visando o grupo de maior vulnerabilidade, que corresponde a 77% dos óbitos por Covid-19", justifica a secretaria.

"No momento, as equipes técnicas da Secretaria de Estado da Saúde estão trabalhando na sistematização dos locais de vacinação, público-alvo e demais estatísticas relacionadas à primeira fase da campanha. Após a consolidação destes dados, os detalhes das demais fases da vacinação serão amplamente divulgados para a população", acrescenta a pasta.

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