Toque de recolher em São Bernardo terá 30 bloqueios
Cidade da Grande São Paulo está com quase 90% de ocupação dos leitos públicos de UTI para Covid-19
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O toque de recolher em São Bernardo do Campo (ABC) previsto para o próximo sábado (27), entre 22h e 5h, contará com um verdadeiro esquema de guerra para evitar a circulação de pessoas na cidade. O policiamento local terá reforço de equipes especiais das polícias civil, tais como o GRT (Grupo de Resposta Tática), e militar, com destacamento de homens do Baep (Batalhão de Ações Especiais).
Eles acompanharão os 30 bloqueios a serem montados nas principais vias da periferia, região central e corredores comerciais. As entradas e saídas das três principais rodovias que dão acesso à cidade: Anchieta, Imigrantes e Rodoanel, serão monitoradas.
Os ônibus municipais deixarão de circular às 22h e só retomarão o serviço às 5h do dia seguinte, domingo (28). Apenas farmácias poderão funcionar e a circulação só será permitida a ônibus fretados trazendo ou levando trabalhadores. Equipes de fiscalização da Vigilância Sanitária e GCM (Guarda Civil Municipal) farão blitze em pontos do comércio para coibir desrespeito ao decreto do toque de recolher.
Só poderão sair às ruas pessoas que estejam voltando ou indo para o trabalho, profissionais de saúde, veterinários ou aqueles que forem comprar algum tipo de medicamento, desde que apresentem receituário médico com data do dia 27. Mesmo assim poderão ser abordados. Se alguém não comprovar o motivo de estar na rua após às 22h terá duas opções, segundo o prefeito: voltar para casa ou ser detido e levado à delegacia para prestar esclarecimentos.
“As pessoas sabem que, num momento como este, precisam e serão fiscalizadas. Agora você pega um carro com três adolescentes, às 22h. Possivelmente eles terão mais dificuldade e poderão ser conduzidos à delegacia”, disse o prefeito Orlando Morando (PSDB).
Questionado se tal abordagem pode vir a ser alvo de questionamentos, ele justificou que a medida visa proteger a população. “Nós estamos vivendo um momento de exceção. Em nenhum outro momento eu poderia tomar medidas como essas. Com 87% de ocupação de UTI, eu acho difícil alguém questionar. As medidas que estou tomando é para proteger a população, e não para prejudicar”, afirmou. Após a entrevista de Morando, o índice subiu e chegou a 89% de ocupação de leitos de UTI.