Voltaire de Souza: Beijando sem susto
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Envolvimento. Romantismo. Paixão.
Comemorou-se o Dia do Beijo.
A Covid dificulta as coisas.
Mas muita gente consegue dar um jeitinho.
Clésio sorriu para o seu parceiro.
—A gente consegue, né, Luís Miguel?
O casal se relacionava há cerca de vinte anos.
Tratava-se de uma bela história de amor.
—Na aula de Educação Física…
—O professor nunca percebeu.
Eram doces as memórias da cidadezinha natal.
—Nosso primeiro beijo. Lembra, Luís Miguel?
—Claro. No parquinho de diversão.
Veio a ideia.
—Dia do Beijo, a gente tem de comemorar.
Os dois estacionaram perto do Play Center.
—Olha o trem fantasma…
—Desativado… mas a gente entra.
—Senta aqui no vagão… juntinho de mim.
Estranhamente, o trenzinho começou a se movimentar.
O túnel escuro se abria aos poucos.
Surgiu um senhorzinho careca. De bigode escuro.
—Aparelho excretor não serve para o sexo.
—Levy Fidélix?
O fantasma do candidato desapareceu.
Luís Miguel e Clésio voltaram para a suíte do apê.
—Aqui a locomotiva engata sem susto.
Muita gente vai de Aerotrem.
Mas, no transporte e na vida, é melhor ficar com os pés no chão.