Comércio e restaurantes de SP poderão ampliar horário a partir de sexta (9); veja como fica

Estabelecimentos poderão funcionar até as 23h com limite de ocupação de 60%, segundo mudanças no Plano São Paulo

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São Paulo

O governador João Doria (PSDB) anunciou, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (7), que a partir da próxima sexta-feira (9) os estabelecimentos comerciais poderão receber mais clientes e com horário ampliado em relação ao atual.

Atualmente eles podem receber até 40% do total, limite que passará para 60%. O hoje limite de funcionamento passará da 21h para 23h.

Movimento em bar da Vila Madalena, na zona oeste da cidade de São Paulo; estabelecimentos poderão abrir até as 23h a partir de sexta-feira (9) - Eduardo Anizelli - 24.abr.21/Folhapress

Segundo as novas regras que entram em vigor na sexta, as pessoas poderão entrar em estabelecimentos como restaurantes e similares, salões de beleza, barbearias, academias, clubes e espaços culturais como cinemas, teatros e museus até as 22h. Os eventos devem ser encerrados às 23h.

A mesma norma vale para shoppings centers e galerias.

Com a mudança do horário, houve alteração também no toque de recolher, que agora vale das 23h às 5h (antes ele começava as 21h).

Apesar da ampliação para o comércio, o governo estadual continua a recomendar o trabalho remoto para atividades administrativas não essenciais e o escalonamento de horários para entrada e saída de trabalhadores dos setores de comércio, serviços e indústrias.

Veja como ficam os horários a partir de sexta (9) no estado de SP

Restaurantes e similares

  • Consumo local entre as 6h e as 23h (bares continuam podendo servir apenas como restaurantes)

Salões de beleza e barbearias

  • Atendimento local entre as 6h e as 23h

Atividades culturais

  • Atendimento presencial entre as 6h e as 23h

Academias

  • Atendimento presencial entre as 6h e as 23h

Igrejas e templos

  • Celebrações individuais e coletivas liberadas, mas com a adoção protocolos de higiene e distanciamento social

RESTRIÇÕES

  • Estabelecimentos com limite de ocupação de 60%

  • Aplicação de protocolos sanitários

  • Toque de recolher entre as 23h e as 5h

  • Teletrabalho para atividades administrativas não essenciais

  • Escalonamento do horário de entrada e saída de atividades do comércio, serviços e indústrias

Outra medida anunciada nesta quarta-feira, via decreto publicado no Diário Oficial, é o do retorno das aulas presenciais no ensino superior e técnico a partir do dia 2 de agosto. As instituições poderão receber até 60% do total de alunos.

A publicação também definiu as novas regras para as escolas da educação básica. Os alunos poderão ficar um pouco mais próximos uns dos outros, exatamente 0,50 metro, já que o distanciamento vigente de 1,5 metro foi encurtado para 1 metro. Desde que essa distância seja respeitada, as escolas ficam autorizadas a receber estudantes presencialmente para planejar atividades conforme a sua capacidade.

Mudança

Originalmente a atual fase de transição vigoraria até o dia 15 de julho. As novas medidas que entram em vigor na próxima sexta-feira (9) devem se prolongar até o dia 31 de julho. Entretanto, elas podem ser revistas dependendo da tendência de novos casos, mortes e internações.

Ao comentar a informação de que a prefeitura via indícios de transmissão comunitária pela variante delta do novo coronavírus na cidade de São Paulo, o infectologista Marcos Boulos, professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e integrante do Centro de Contingência do Coronavírus do governo de São Paulo, que assessora a gestão João Doria (PSDB) nos cuidados com a pandemia, afirmou nesta terça-feira (6) que este não é o momento para se falar em qualquer tipo de flexibilização ou abertura de serviços.

Ele, inclusive, chegou a dizer que, por se tratar de uma variante altamente transmissível, é mais prudente manter as restrições vigentes até então. Boulos é um dos 20 integrantes do Centro de Contingência.

Ao anunciar a ampliação do horário e do limite de pessoas, o governo estadual disse que o total de novos casos, internações e mortes provocadas pelo coronavírus está em queda.

Atualmente, a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 está em 69%. Na região metropolitana de São Paulo, a ocupação é de 64%, e na Baixada Santista, de 44%. Na capital paulista, o índice é de 56%.

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