Preservar o Samu

A Prefeitura de São Paulo anunciou que vai reorganizar o Samu, o serviço de ambulâncias de emergência. É preciso ir com muito cuidado nesse plano.

A principal medida será o fechamento de 31 bases espalhadas pelo município, que funcionam em contêineres alugados. Com a perda dos locais, as equipes passarão a ocupar salas em postos de saúde, unidades de assistência ambulatorial, hospitais e centros de atendimento psicossocial.

Base do Samu no Jardim Sarah, zona oeste da cidade - Lalo de Almeida - 23.abr.18/Folhapress
 

O Samu é um serviço essencial e reconhecido pela população, mas já vem acumulando problemas. Hoje, o tempo médio de atendimento para casos com risco de morte é de 30 minutos. Pelas normas internacionais, porém, deveria ser de 12 minutos. 

Além disso, metade das chamadas que se tornam ocorrências (fora trotes e ligações duplicadas) não é atendida pelas ambulâncias. 

Diante desse quadro, o objetivo deve ser tornar o serviço mais rápido e eficiente. Mas não parece claro que as medidas anunciadas pela gestão Bruno Covas (PSDB) vão ser capazes disso.

Segundo a prefeitura, a iniciativa vai elevar o número de postos do Samu, dos atuais 58 para 78.

Mesmo com esse aumento, a localização das unidades é mais importante. Hoje as bases estão instaladas nos locais onde há mais chamadas.

Também é preciso prestar atenção nas condições oferecidas. Alguns dos locais cedidos ao Samu não possuem estrutura adequada para a higienização de ambulâncias, materiais e uniformes após as ocorrências.

No caso de um serviço tão vital, a prefeitura deve assegurar no mínimo que a qualidade do serviço seja preservada.

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