As previsões econômicas mais pessimistas vão se confirmando neste início de ano. Os dados mais recentes indicam que a produção e a renda geral do país caíram no primeiro trimestre. Um índice calculado pelo Banco Central apontou uma queda de 0,68%.
Pode até parecer pouco, mas não é. O resultado já comprometeu boa parte do desempenho em 2019, que pelo jeito vai ser mais uma vez muito fraco.
Já se imagina que o crescimento no ano vai ser de 1,1% --a mesma mixaria de 2017 e 2018-- ou até menos. Nesse ritmo, o desemprego vai continuar alto, e a grana, curta. É até assustador ver que a renda média por habitante deve ficar abaixo da medida no final da década passada. Ficamos mais pobres e não conseguimos sair do buraco.
Os economistas ainda quebram a cabeça para entender por que a recuperação do país caminha tão devagar depois da recessão que durou de 2014 a 2016. Mas existem algumas explicações.
Uma delas é que o governo federal, os estados e os municípios estão na pindaíba e sem dinheiro para investir. Assim, obras param e empregos somem.
Numa situação como essa, as empresas é que têm de gastar para aumentar a produção e contratar mais gente. Só que a turma anda meio desconfiada, com medo de arriscar e se dar mal.
O governo Jair Bolsonaro (PSL) precisa se mexer para evitar o pior. Em primeiro lugar, parar de perder tempo com assuntos menos importantes e colocar o Orçamento em ordem.
Pode também passar para o setor privado rodovias, aeroportos e outros bens públicos, em troca de mais obras. E já é hora de pensar também em reduzir novamente os juros do Banco Central.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.