Descrição de chapéu Editorial

Gargalo no trem e no metrô

Baldeações ainda são martírio para passageiros

Por muitos anos, os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) foram uma espécie de primo pobre do metrô de São Paulo.

Estação da Luz (região central de SP), que faz integração entre trem e metrô na capital - Rivaldo Gomes/Folhapress

O transporte sobre trilhos liga o centro expandido da capital a vários bairros periféricos e a cidades da Grande São Paulo, como a região do ABC. Atrasos, sujeira, insegurança e trens velhos, que viajavam com as portas abertas e passageiros pendurados, eram cenas comuns.

Após uma série de investimentos por parte de sucessivos governos estaduais, a oferta de veículos aumentou, as composições foram substituídas por outras mais modernas e estações ganharam reformas.

O sistema também melhorou a integração ao metrô —ainda que longe de atingir o mesmo nível de qualidade.

Apesar dos avanços, encarar as baldeações com o metrô no horário de pico ainda é um martírio para os passageiros. 

O Vigilante Agora percorreu sete estações ferroviárias com transferências gratuitas. Mesmo com mais trens em circulação nos horários críticos, fica claro que estações e plataformas não comportam adequadamente o fluxo dos usuários.

Na estação Luz, uma das mais movimentadas, há duas linhas de metrô que se conectam a outras três da CPTM. Com tantas linhas juntas, o ir e vir é caótico, e multidões se acotovelam por todos os lados. Para piorar, no dia da visita, algumas escadas rolantes não funcionavam.

A CPTM diz que um novo sistema de sinalização permitirá reduzir o intervalo entre os trens. Já o Metrô, também do governo João Doria (PSDB), afirma que organiza o fluxo conforme a demanda.

Atrasos —e irregularidades— na expansão da rede contribuíram bastante com o atual quadro, que ainda precisará de um bom tempo para ser remediado.

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