Por muitos anos, os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) foram uma espécie de primo pobre do metrô de São Paulo.
O transporte sobre trilhos liga o centro expandido da capital a vários bairros periféricos e a cidades da Grande São Paulo, como a região do ABC. Atrasos, sujeira, insegurança e trens velhos, que viajavam com as portas abertas e passageiros pendurados, eram cenas comuns.
Após uma série de investimentos por parte de sucessivos governos estaduais, a oferta de veículos aumentou, as composições foram substituídas por outras mais modernas e estações ganharam reformas.
O sistema também melhorou a integração ao metrô —ainda que longe de atingir o mesmo nível de qualidade.
Apesar dos avanços, encarar as baldeações com o metrô no horário de pico ainda é um martírio para os passageiros.
O Vigilante Agora percorreu sete estações ferroviárias com transferências gratuitas. Mesmo com mais trens em circulação nos horários críticos, fica claro que estações e plataformas não comportam adequadamente o fluxo dos usuários.
Na estação Luz, uma das mais movimentadas, há duas linhas de metrô que se conectam a outras três da CPTM. Com tantas linhas juntas, o ir e vir é caótico, e multidões se acotovelam por todos os lados. Para piorar, no dia da visita, algumas escadas rolantes não funcionavam.
A CPTM diz que um novo sistema de sinalização permitirá reduzir o intervalo entre os trens. Já o Metrô, também do governo João Doria (PSDB), afirma que organiza o fluxo conforme a demanda.
Atrasos —e irregularidades— na expansão da rede contribuíram bastante com o atual quadro, que ainda precisará de um bom tempo para ser remediado.
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