Descrição de chapéu Editorial

Trânsito seguro a passos lentos

Total de mortes no trânsito (86) cresceu quase 20% em outubro

O trânsito pesado e violento da cidade de São Paulo exige atenção permanente de motoristas, ciclistas e pedestres —além, é claro, das autoridades.

Trânsito na marginal Tietê na altura da ponte Júlio de Mesquita (zona norte) - Rubens Cavallari/Folhapress

Dados de outubro, divulgados pelo governo do estado e publicados pelo Agora, reforçam essa preocupação. O total de mortes no trânsito (86) cresceu quase 20% em comparação com o mesmo mês do ano passado (72). O número também é superior a setembro e só perde para janeiro deste ano.

Após uma queda em 2018, as mortes voltaram a crescer na capital. Nos dez primeiros meses, 737 pessoas morreram, ante 707 até outubro do ano passado.

Mais vulneráveis no tráfego, pedestres (326 mortos) e motociclistas (267) são as principais vitimas em 2019. Impressiona ainda o avanço dos mortos em bicicletas (18 para 31). Com a explosão de ciclistas entregadores por toda a cidade, o alerta deve ser redobrado.

O perigo é ainda maior aos finais de semana, principalmente aos sábados, nas madrugadas, e das 18h à meia-noite. O abuso de álcool e a falta de visibilidade, respectivamente, são alguns dos fatores que explicam esse risco.

Ações do poder público também podem trazer bons resultados. Um alento, segundo dados da CET, é que a quantidade de feridos em acidentes com moto na marginal Pinheiros caiu 28% de janeiro a agosto deste ano. 

Em maio, a prefeitura proibiu que as motos circulassem na pista expressa da marginal. A medida parece ter surtido efeito: apenas uma pessoa morreu em 2019, contra sete no ano passado.

A gestão Bruno Covas (PSDB) diz que o objetivo é transformar nosso trânsito em “um dos mais seguros do mundo”. Há um longo caminho pela frente.

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