Após um ano de Abraham Weintraub à frente do Ministério da Educação, confirmam-se os piores temores.
Findos tumultuosos três meses de Ricardo Vélez Rodríguez no comando da pasta, deveria ser imprescindível dar ordem a esse setor crucial para o desenvolvimento do país, mas o substituto parece empenhado no oposto.
Weintraub até tem se mostrado muito ativo, porém mais nas redes sociais do que no MEC. O ministro se empenha em bajular o presidente Jair Bolsonaro e de volta recebe agrados como a menção no confuso pronunciamento do chefe no dia 24 de abril, depois da queda de Sergio Moro da pasta da Justiça.
Movido por fanatismo, Weintraub declarou guerra ao nível de ensino sobre o qual o governo central tem jurisdição, o superior. Chegou ao ponto de acusar as universidades federais de abrigar plantações de maconha e pesquisas inúteis.
No plano do ensino fundamental e médio, destaca-se pela omissão no debate sobre a renovação do Fundeb, essencial para financiar a educação básica. Prefere ataques descabelados como o dirigido à China, que lhe rendeu um inquérito no Supremo Tribunal Federal para apurar crime de racismo.
Weintraub havia prometido o melhor Enem de todos os tempos. O que se viu em 2019 foi uma trapalhada nas correções, para não mencionar percalços até hoje em licitações para a gráfica.
Até a carteirinha de estudante digital, que seria uma boa iniciativa, deu em nada porque acabou não sendo aprovada a tempo pelo Congresso.
Por onde quer que se contemple a presença de Weintraub no MEC de Bolsonaro, uma conclusão se impõe: falta educação nas ações do ministro.
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