Uma das piores sequelas da pandemia da Covid-19 é, sem dúvida, a longa interrupção na instrução de dezenas de milhões de jovens brasileiros. O bem-estar, a renda e o emprego dessa geração serão prejudicados pelo resto da vida caso o dano não seja remediado logo.
A reclusão dos alunos e dos professores foi necessária para retardar a propagação da doença na sociedade. Na ausência dessa medida, o estrago para a saúde e a economia teria sido maior.
Entretanto, com os devidos cuidados, é justo dar prioridade à volta aos poucos das atividades escolares. Essas são as premissas do plano que o estado de São Paulo divulgou na quarta (24).
As diretrizes do programa, que afeta mais de 13 milhões de estudantes e 1 milhão de docentes, estabelecem três fases até que se autorize a plena frequência nas escolas. Toda a evolução depende da melhora dos indicadores da infecção nas diversas regiões do estado.
Para as escolas ingressarem na primeira etapa de retorno, que admite no máximo 35% dos alunos a cada turno, as autoridades fixaram a exigência de que as 17 divisões administrativas paulistas atinjam pelo menos a classificação amarela, a terceira numa escala de cinco que vai do vermelho (pior) ao azul (melhor), no índice de evolução da epidemia.
Uma revisão do plano, a permitir abertura por regiões, e não unicamente no estado inteiro, é avaliada.
Hoje, apenas a capital e duas regiões na sua vizinhança ostentam a classificação amarela. Por isso, o governo trabalha com 8 de setembro como data prevista do reinício parcial das atividades.
Espera-se que o processo seja conduzido sem precipitação. Até lá, haverá tempo para uma decisão mais segura.
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