Itaquera, meu orgulho, meu amor, o estádio do Corinthians, a Cohab e o metrô... Alô, povão, agora é fé! Com uma boa atuação, com direito a 23 finalizações, o Corinthians superou o fraco Deportivo Lara por 2 a 0 e abriu vantagem confortável para o confronto da volta, na Venezuela, quinta que vem.

Quem vê o placar apertado e nota que o time do povo precisou de uma hora até Vagner Love abrir o marcador pode imaginar uma dificuldade inexistente. Foi uma vitória tranquila e protocolar e, não tivesse o soprador de apito surrupiado um pênalti escandaloso em Love (para ficar só na penalidade inconteste e ignorar outro lance duvidoso) no primeiro tempo, o Coringão poderia ter goleado.

Voltando ao embate desempenho x placar, o 2 a 0 foi o mesmo, mas o rendimento corinthiano não poderia ser tão diferente ontem, na Sul-Americana, na ZL, em relação à vitória sobre o Athletico-PR reserva, na Arena da Baixada, domingo, pelo Campeonato Brasileiro.

Os gols anotados ontem no segundo tempo por Vagner Love e Gustagol, ambos de cabeça, respectivamente, após centros precisos de Fagner e Danilo Avelar, mostraram a força alvinegra pelo alto (Júnior Urso, de volta à equipe titular, desperdiçou uma ótima chance em trama similar na etapa inicial), mas o repertório foi, aleluia, eclético, com infiltrações pelo meio, arremates de média distância, tabelinhas...

Da série "cada jogo é uma história", como já diria o mesmo autor da criativa máxima "o futebol é uma caixinha de surpresas", mas, a julgar pelo que fez o Corinthians na vitória contra o Lara e o que não fez o São Paulo na derrota para o Bahia, o Alvinegro entra ainda mais favorito do que já seria, dada a freguesia tricolor em Majestosos, domingo, novamente em Itaquera, palco onde celebrou recentemente o tricampeonato paulista.

Friedrich Nietzsche: "Para a maioria, quão pequena é a porção de prazer que basta para fazer a vida agradável."

Eu sou o Vitor Guedes, não vejo Jesus na goiabeira nem tenho doutorado em Harvard, mas tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!