Vento, ventania, me leve para onde nasce a chuva, pra lá de onde o vento faz a curva, me deixe cavalgar nos seus desatinos, nas revoadas, redemoinhos, vento, ventania, me leve sem destino. Alô, povão, agora é fé! Adivinha quem ganhou na Arena da Baixada" Vou soprar para você: Corinthians! E o time do povo nem precisou fazer chover para fazer 2 a 0. Tampouco passou por sustos ou trovoadas.
Se o Furacão é sempre forte em casa, o Ventania, versão reserva do Athletico-PR, não causa qualquer estrago. E olha que jogou contra um adversário que, mais uma vez, não foi nem uma brisa da tempestade sonhada pela Fiel. Alguém dirá, sob os aplausos dos exus-estatísticas, que o Athletico-PR dominou a posse de bola (assim como o Santos, registre-se, na derrota de 4 a 0 para o Palmeiras), finalizou mais, atacou. Obrigado por nada! Cássio fez apenas defesas protocolares.
Isso porque o Athletico (que deixou claro ao escalar a reservada que considera a Recopa mais importante do que o Brasileiro) não tem um time reserva com o mesmo grau de letalidade que o titular. Tanto é verdade que o Ventania só assustou por causa do lixo do VAR, que parou o jogo 818 minutos para manter a decisão (acertada) do juiz de não marcar pênalti inexistente para o Furacão e em não validar dois gols anotados na banheira (confirmadas pelo circo eletrônico que, com atraso, viu o mesmo que todos, incluindo os bandeirinhas, já sabiam)...
E para não dizer que o Corinthians não jogou nada, digamos que foi cirúrgico. Na primeira chegada, Jadson colocou na cabeça de Vagner Love (que é centroavante e não ponta direita nem ponta de lança, Carille!), que fez a festa da Fiel. E, no final, quando o Timão administrava a vantagem, Pedrinho passou a régua.
É importante registrar que, antes e depois do gol de Love, o Corinthians não construiu nada digno de nota no ataque até o tento de Pedrinho. E daí? Quem escala a reservada não tem que reclamar de nada. Nem da sorte.
Fernando Pessoa: "Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
Destaques da 5ª rodada do Brasileirão
Passeio alviverde
O vice-líder Atlético-MG já foi batido, em sua casa, por 2 a 0; o Santos, que sairia líder do Pacaembu caso vencesse, foi mal escalado por Sampaoli e humilhado por 4 a 0; Flamengo, Cruzeiro e Grêmio, que formavam com o Verdão o quarteto de favoritos antes do Brasileirão, fazem campanhas ridículas"¦ E o São Paulo, que poderia ser a surpresa, tem que agradecer o 0 a 0 com o Bahia, que jogou melhor e merecia a vitória no Morumbi. Fica a pergunta: quem brigará com o Palmeiras pelo título? Teremos briga pelo título? Ainda é cedo, mas ninguém dá pinta que perseguirá o atual campeão no restante do campeonato.
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