Principal astro do Liverpool, Mohamed Salah, fora da partida em que sua equipe precisava golear o Barcelona, apareceu nas tribunas do estádio Anfield com uma sugestiva camisa escrita “nunca desista”, repetindo o mantra do seu treinador, Jürgen Klopp, após a derrota por 3 a 0 na Espanha.
Os ingleses arrasaram o time de Messi, Suárez, Coutinho e companhia por 4 a 0 e disputarão o título da Liga dos Campeões contra o Tottenham, que também reverteu uma desvantagem de 3 a 0 no placar agregado contra o Ajax, na Holanda, sem o ídolo Harry Kane, mas com o brasileiro Lucas inspirado.
No futebol, os milagres são mais comuns do que no dia a dia (provavelmente nenhum leitor tampouco este jornalista levou os R$ 170 milhões da Mega-Sena).
No último final de semana, pelo Brasileirão, o Fluminense perdia por 3 a 0, mas virou para 5 a 4 sobre mesmo Grêmio que, com quatro expulsos e um pênalti contra, venceu a heroica Batalha dos Aflitos, diante do Náutico, na Série B de 2005.
Poucos meses antes, o próprio Liverpool foi para o intervalo da final apanhando do Milan, por 3 a 0, e acabou com a taça. Em 2016, o Guarani voltou do Rio Grande do Norte com uma derrota por 4 a 0 do ABC, mas fez 6 a 0, em Campinas, e foi à final da Série C. No ano seguinte, o Barcelona impôs virada semelhante ao PSG.
Nos últimos tempos, poucos têm tido tantos dissabores no mundo da bola como os torcedores portugueses daqui e de lá.
Em São Paulo, a Portuguesa mergulha num poço sem fundo e está fora até da quarta divisão nacional. No Rio, o Vasco amargou novo vice estadual, caiu na Copa do Brasil e segura a lanterna do Brasileiro. Além disso, a Portuguesa da Ilha do Governador fez a pior campanha do Carioca, terá de disputar a fase preliminar, em 2020, para escapar da degola e teve sua sede social assaltada.
Na Europa, Sporting, Benfica e Porto passaram longe de alguma conquista continental, enquanto o ídolo Cristiano Ronaldo, na Juventus, encerrou sua vitoriosa série no continente.
Por isso, como ensinou Klopp e Salah, nunca desistam, amigos lusitanos. O sol há de voltar a brilhar após a tempestade.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.