Concordo com o zagueiro Sergio Ramos, capitão do Real Madrid, de que um jogo amistoso serve mais para a preparação do que o resultado em si. O que não é aceitável, assim como pontuou o defensor, é levar sete gols, mas quem, como eu, acompanhou a partida, disputada na sexta-feira (21), em Nova Jersey(EUA), viu que se o Atlético de Madrid marcasse mais quatro gols não seria um placar injusto.

Os três gols marcados no final não deixaram menor a vergonha. Para a história ficará como a partida na qual, pela primeira vez, os colchoneros, os “primos pobres” da capital espanhola, marcaram sete gols nos “primos ricos”. A temporada oficial nem começou e os merengues já estão em crise.

Isso porque em 2018/2019 foi desastrosa. Sem o astro Cristiano Ronaldo, o Real Madrid foi um mero coadjuvante. Em março, para tentar arrumar a casa, o presidente Florentino Peres trouxe de volta o técnico francês Zinedine Zidane, que voltou ao clube nove meses depois de sua saída. Zizou ganhou carta branca para fazer o que bem entendesse, já pensando em uma reformulação.

Até agora a tão esperada faxina no elenco não ocorreu. Seguem no elenco jogadores caros, mas que estão ou como reservas, casos do lateral esquerdo Marcelo e do meia-atacante Gareth Bale, ou jogam pelo nome, casos do lateral direito Carvajal, do zagueiro Sergio Ramos e do volante Toni Kroos.

Zidane pediu calma e afirmou que não tem dúvidas de que a temporada será boa. Porém, com essa disposição na fase de amistosos, fica difícil acreditar que o treinador fará com que os seus jogadores tenham mais vontade do que o que eles demonstraram no último ano. Vale lembrar que o clube, então tricampeão da Europa, foi um fiasco em todos os torneios.

Com semblante carrancudo, a delegação do Real Madrid desembarcou nesta segunda-feira (29), em Munique. A equipe joga nesta terça-feira (20) contra o Tottenham em um torneio amistoso. Espera-se ao menos que eles corram e respeitem a tradição do clube.