Demorou para o São Paulo encontrar um goleiro que passasse confiança desde a aposentadoria do ídolo Rogério Ceni, em 2015, dos gramados.
Somente com a chegada de Tiago Volpi, 28 anos, no início deste ano, a torcida tricolor novamente conseguiu respirar aliviada.
Com o contrato de empréstimo junto ao Querétaro, do México, encerrando-se em dezembro, o clube precisará desembolsar US$ 5 milhões —cerca de R$ 20 milhões—, à vista, para contar com o camisa 23 em definitivo.
Embora sua permanência seja prioridade, o investimento é considerado alto pela cúpula tricolor, que resiste em aceitar o valor e tenta convencer os mexicanos a reduzir a pedida.
Para o Querétaro, porém, o retorno de um goleiro de qualidade não seria um mau negócio. Afinal, depois de chegar às quartas de final do Apertura do Campeonato Mexicano com Volpi —cuja média era de 1,2 gol sofrido por partida—, a equipe foi apenas a 17ª colocada no Clausura de 2019, sofrendo 1,7 gol por jogo, em média, sem o arqueiro.
No São Paulo, Tiago Volpi teve um início irregular, mas suas boas atuações e a regularidade convenceram dirigentes e torcedores.
Titular absoluto da meta do Tricolor, ele atuou em 48 jogos e sofreu só 34 gols, uma respeitável média de 0,7 por partida.
Nem mesmo a vontade do camisa 23 em seguir no time do Morumbi, que busca vaga na Libertadores, deve mudar o panorama.
Assim, com dificuldades para negociar, os cartolas são-paulinos, que já planejam a temporada de 2020, partem para o plano B e iniciam a busca por outros goleiros no mercado.
Um arqueiro que, além da sombra de Ceni, agora terá também a de Volpi.
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