Somos todos iguais nesta noite, na frieza de um riso pintado, na certeza de um sonho acabado... Alô, povão, agora é fé! Santos, muito melhor no primeiro tempo, e São Paulo, melhor no segundo, mereceram o 1 a 1, resultado que impediu o Peixe de assumir, provisoriamente, a vice-liderança e não impediu que o Tricolor chutasse o tabu de mil dias sem vitória como visitante em clássicos.
Com o lento Jucilei na cabeça de área e abusando de saídas de jogo perigosas, o São Paulo foi completamente envolvido no primeiro tempo.
O gol anotado por Carlos Sánchez, convertendo pênalti claro e cretino cometido por Arboleda em Evandro, ficou barato na etapa inicial para o Tricolor… O próprio Sánchez (no que seria uma pintura) e Evandro perderam ótimas chances de matar o jogo já na etapa inicial.
No segundo tempo, com Liziero no lugar de Jucilei, o São Paulo voltou melhor. E, na resposta de um gol perdido por Sasha graças à intervenção de Tiago Volpi, Daniel Alves igualou, 1 a 1. A partir daí, o São Paulo foi superior e, apesar de uma pressão final dos mandantes, esteve mais perto da vitória.
Se empatar na Vila não é ruim, como a equipe vinha de duas derrotas como mandante, não dá para festejar muito. E o Peixe adiou a chancela matemática da classificação à fase de grupos da próxima Libertadores.
Não foi a primeira vez que o Santos saiu na frente e cedeu a igualdade em um San-São na Vila. Resultado normal. O que não será apagado da história é que o clube, em dia em que sua camisa combatia o racismo, recebeu e deu palanque ao presidente Jair Bolsonaro, chamado de “mito” e aplaudido por parte da torcida peixeira, especialmente o setor das cativas.
O treinador Jorge Sampaoli, registre-se, deixou bastante claro à diretoria que não aprovou a subserviente e complacente iniciativa no estádio da Vila Belmiro. Parabéns, Sampaoli!
Nelson Rodrigues: “A plateia só é respeitosa quando não está a entender nada”.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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