Não foi um bom final de semana para dois técnicos de times badalados que foram goleados. Aqui no Brasil, a derrota por 4 a 1 para o Flamengo encerrou o ciclo de Fábio Carille à frente do Corinthians. Outro que começou novembro e já está desempregado é o croata Niko Kovac, que foi demitido pela direção do Bayern de Munique, após levar 5 a 1 do Eintracht Frankfurt.
Em comum entre os ex-comandantes dos dois clubes que são potências em seus países estão o fanatismo de duas torcidas, a exigência dos dirigentes e, principalmente, os resultados ou a falta deles. Vou ficar apenas no caso de Niko Kovac, que sai de cena com um trabalho considerado bom, mas nem tanto. Pela superioridade financeira e técnica, o Bayern tinha mais do que a obrigação de conquistar, na temporada 2018/2019, a Copa e a Supercopa da Alemanha, além do Campeonato Alemão.
Nesta sua segunda temporada, o ex-treinador da seleção croata, assim como Carille, “perdeu o vestiário”. Líder do elenco, o alemão Thomas Muller não escondeu a insatisfação com a forma como o Bayern deixou de ser uma equipe equilibrada para se tornar um time que vem se sobressaindo por causa de talentos individuais, caso do polonês Robert Lewandowski, artilheiro da Bundesliga, e o jovem alemão Serge Gnabry, autor de quatro gols na vitória por 7 a 2 sobre o Tottenham, em Londres, pela Liga dos Campeões.
Essa falta de organização tática significou problemas seríssimos na defesa. Dessa maneira, não foi uma surpresa a goleada por 5 a 1, algo que não acontecia desde abril de 2009, quando o Wolfsburg, do ex-atacante Grafite, aplicou o mesmo placar. Além disso, dos dez primeiros colocados, o clube bávaro é o único que sofreu 16 gols em dez jogos, a pior marca desde a edição do Alemão de 2008/09.
Tanto os cartolas do Bayern quanto os do Corinthians optaram pela via mais fácil, mas o momento conturbado por que passam as duas equipes também é culpa de quem entra em campo e de quem contrata.
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