Quando se aproxima o Ano-Novo, muitas pessoas consultam numerólogos, astrólogos, tarólogos e outros especialistas para saber o que o futuro lhes reserva. Se eu fosse boleiro, certamente buscaria as previsões não de Hernanes, o Profeta tricolor, mas do técnico, comentarista e proprietário de restaurante René Simões.
“Vocês não acreditam que podem derrotar um gigante?”, perguntava ele, ainda em 1995, a um punhado de atletas amadores em uma pobre ilha do Caribe. Três anos depois, René levou os Reggae Boyz à primeira e única Copa do Mundo disputada pela Jamaica.
Em 2010, veio nova previsão certeira: “Está na hora de alguém educar esse rapaz ou vamos criar um monstro”, disse o treinador, quando Neymar tinha 18 anos e xingou o então técnico do Santos, Dorival Júnior, e o capitão Edu Dracena.
De lá para cá, os ataques de estrelismo do craque se tornaram constantes e, blindado por familiares e amigos, ele não liga de chamar a atenção pelas polêmicas em vez do futebol.
Em maio deste ano, antes de um desconhecido Jorge Jesus pintar na Gávea para comandar o Flamengo, René acionou sua bola de cristal: “É um profissional sensacional, estatísticas são com ele. Jorge Jesus, esse eu recomendo. Vai fazer muito bem ao Flamengo e ao futebol brasileiro”.
A máquina em que o Rubro-Negro se transformou sob o comando do português, com conquistas da Libertadores e do Brasileiro, dispensa comentários.
Em novembro, uma opinião de René provocou um misto de críticas e gargalhadas ao comparar o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, a Cristiano Ronaldo.
“Acho o Bruno Henrique do estilo do Cristiano Ronaldo com mais habilidades técnicas, mais ‘samba no pé’. É melhor [tecnicamente] do que o CR7!”
Concorde-se ou não, o rubro-negro é o melhor jogador do Brasil hoje e tem tudo para se consagrar se levar o Fla ao caneco do Mundial sobre o Liverpool.
Precisa de previsão para 2020? Chame o René!
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