Rondón Maneiro sonha em seguir os passos do pai, Alexander Rondón, que defendeu grandes clubes, como o São Paulo, e a seleção da Venezuela. O atacante viajou durante quase quatro dias, de ônibus, junto dos companheiros do Vilhenense, cerca de 2.300 km de Vilhena, em Rondônia, até Itu, onde o clube disputou seus jogos na Copa São Paulo de juniores.
Rondón passou o Ano-Novo longe da família e não conseguiu estufar a rede nos jogos de sua equipe, eliminada na primeira fase, nada que o impeça de vencer no futebol brasileiro.
Só o tempo mostrará se ele teve mais ou menos sorte do que Caio Lopes, prestes a subir para o profissional do Vasco e que até já recebeu proposta do exterior.
Quando o meio-campista e seus colegas do Gigante da Colina chegaram a Itapira para disputar a Copinha, não imaginavam que teriam de entrar em campo na sexta (10), no domingo (12), na segunda (13), na terça (14) e novamente nesta quinta (16). Cinco dias de jogos em menos de uma semana.
O gramado alto das canchas do interior e o campo pesado por causa das fortes chuvas, como a que paralisou Vasco x Náutico e o transformou em uma angústia de 17 horas até o apito final, exigem um esforço físico hercúleo dos garotos.
É uma pena que Caio Lopes, vice com o Cruzmaltino do ano passado, talvez não dispute o caneco deste ano, não pela falta de qualidade do time, mas pelo cansaço já evidente no último jogo.
Ao menos o vascaíno, que só jogou em Itapira, não precisou pegar estrada quase diariamente e correr debaixo do sol forte como Layon. Em uma semana, o lateral do Botafogo (SP) atuou em Assis, Jaú, Bauru... Cidades que facilmente batem os 30ºC entre 11h e 15h, horários da maioria dos jogos do Pantera, um verdadeiro abuso contra os jovens.
Como o trio, mais de 3.000 atletas se submeteram a uma maratona insana de jogos e viagens pelo sonho de ser jogador. E descobriram cedo que o futebol é muito mais sangue, suor e lágrimas do que roupas de grife e fones de ouvido modernos.
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