Sabe quem perguntou por você? Ninguém... Alô, povão, agora é fé! Além de ilhas paradisíacas em Cartagena e San Andrés e do exotismo místico belíssimo e indescritível da Catedral do Sal, em Zipaquirá, em duas semanas com a família na Colômbia, também tive contato com futebol no tête-à-tête nas ruas, com direito a pelada no parque Símon Bolívar, em Bogotá, e na programação esportiva das TVs e periódicos locais.
Os colombianos, especialmente as jovens, puxavam assunto sempre com “Anitta”. Futebol? Sempre no passado... Ronaldinho Gaúcho, de longe, foi o mais citado, seguido por Ronaldo e Romário. Neymar? Não ouvi seu nome! Firmino e Gabriel Jesus, sim, mas porque o Liverpool e o Manchester City estão sempre na programação.
O Corinthians até foi notícia na apresentação de Cantillo e também porque, como o Palmeiras, está disputando o torneio da Flórida —que conta com a participação do Nacional-COL. O time de Medellín divide com o América de Cali a preferência popular dos colombianos… E só!
Camisas oficiais (e piratas) de James Rodríguez (versão Bayern de Munique e Real Madrid) são as que mais se veem nas ruas… E muito atrás da amarela da Colômbia. A seleção nacional lá, ao contrário de cá, tem muito mais apelo e presença nas ruas e nas lojas que as dos clubes locais…
Na TV, passou Supercopa da Espanha, Campeonato Inglês e noticiário extenso dos principais clubes europeus… E nada sobre futebol brasileiro ou sobre a seleção, mesmo com algumas propagandas na TV fazendo alusão à Copa América deste ano.
Eis o resumo: reclamamos que a Europa não enxerga o que fazemos aqui, mas a verdade é que somos invisíveis mesmo nos vizinhos sul-americanos. Exceção à Anitta, claro. No futebol, para a Colômbia, com alguma realidade, o futebol brasileiro parou em 2002 com Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo...
José Saramago: “Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória”.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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