Essa luz, é claro que é Jesus... Alô, povão, agora é fé! O título da Copa América não serviu em nada para mudar a sensação do respeitável público que o ano da seleção brasileira foi decepcionante. E o motivo, não é de hoje, é óbvio: seleção tem de vencer a Copa do Mundo!
É o único campeonato que, à vera, vale. No restante do tempo, seleção brasileira não serve para nada. Mas deveria servir para resgatar o amor da torcida pela camisa amarela e a escola brasileira de jogar. O torcedor já vê seu clube jogar de qualquer jeito com o único objetivo de vencer ou não perder, seleção é para ver futebol bem jogado, os melhores em campo, time ofensivo, craques...
É por isso que o português Jorge Jesus está sendo tão elogiado pela torcida e invejado pelos treinadores brasileiros. O Flamengo, que poderia vencer o Brasileiro também marcando e jogando para Gabigol e Bruno Henrique decidirem em uma ou duas bolas, joga privilegiando o ataque, a técnica...
Por isso, não adianta escalar o time do Flamengo com a mentalidade da seleção. Sem falar no espanhol Marí e no uruguaio Arrascaeta, o Atlético de Madrid trocou Filipe Luis por Lodi; Alisson é mais goleiro do que Diego Alves... Apesar da boa fase, há zagueiros brasileiros melhores do que Rodrigo Caio... E se o Gabigol do Flamengo é melhor do que o Roberto Firmino da seleção, o Firmino do Liverpool, sob o comando de Klopp, joga uma barbaridade...
É óbvio que há espaço hoje no grupo da seleção para atletas rubro-negros, casos de Gérson, Éverton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol, mas a questão não é trocar Fabinho por Willian Arão e sim parar de jogar de forma covarde, sem alma, sem alegria nem noção da grandeza.
O Tite de 2012, de 2015 e das eliminatórias, em 2017, poderia resolver... Esse atual, não sei não... Só Jesus salva?
Eduardo Galeano: "A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo".
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