Ano novo, vida nova. Pelo menos é isso que o Palmeiras e sua torcida esperam para o Paulista e para as competições seguintes.
Depois de uma temporada sem títulos e da mudança no departamento de futebol —o executivo Alexandre Mattos foi substituído por Anderson Barros—, o Palmeiras adotou outra mentalidade na formação do grupo e acredita em um maior êxito neste ano.
Diferentemente das temporadas passadas, quando contratou muito —alguns reforços mal entraram em campo—, o Verdão fechou a torneira e resgatou as categorias base. Praticamente esquecidos na era Mattos, os garotos formados no Palestra terão mais chances, agora sob o comando do experiente treinador Vanderlei Luxemburgo.
“Fizemos um trabalho de reestruturação das categorias de base. Diante disso, temos de aproveitar esses meninos. Estamos com oito já treinando no profissional e vamos entender exatamente o comportamento deles. Em um segundo momento, vamos ao mercado, mas de maneira muito clara, identificando o que o Palmeiras realmente precisa”, disse o mandatário Maurício Galiotte.
Seu pensamento foi endossado pelo novo treinador do Alviverde.
“Minha história é de botar moleque para jogar. A categoria de base é muito importante no clube. Estarei atento. Abriremos a janela para eles mostrarem o talento que têm. Seguir ou não é com o jogador”, comentou Luxa.
Entre os nomes que subiram da vitoriosa safra palestrina, o mais observado é o atacante Gabriel Veron, que pode começar o ano como titular ao lado de ídolos como Dudu.
Outros jovens, como o lateral Lucas Esteves, os volantes Patrick de Paula e Gabriel Menino, o meia Alan e o atacante Angulo também ganharão chances.
Botafogo
Pantera vira a página para retomar época vitoriosa
O ano de 2019 não foi fácil para o Botafogo. Depois de beirar o rebaixamento no Campeonato Paulista e alternar bons e maus momentos na Série B do Brasileirão, o time de Ribeirão Preto —um dos primeiros a se tornar clube-empresa no país— inicia o ano com uma outra mentalidade.
O Bota buscou Wagner Lopes, que colecionou grandes resultados em sua primeira passagem pelo Pantera, para substituir o Hemerson Maria no comando da equipe tricolor, que conta com apenas seis remanescentes de 2019.
“O elenco que terminou a temporada passada passou por uma ampla reformulação. Chegaram muitos jogadores jovens para mesclar com os experientes. Esperamos que seja um ano vitorioso”, destacou o treinador, que, em 2014, classificou o Botinha em primeiro lugar do grupo, mas caiu nas quartas de final diante do Ituano, que viria a ser o campeão do torneio.
Uma das novas caras do elenco é Diego Cardoso. Formado na base do Santos, o atacante foi o artilheiro do Guarani no Estadual no ano passado. Na nova temporada, o atleta quer repetir a dose com a camisa tricolor.
“Espero um grande rendimento meu e da equipe. Depende de mim para fazer o melhor para que as coisas deem certo”, ressaltou.
Vice-campeão em 2001, o clube que revelou Sócrates e seu irmão Raí busca reviver as glórias do passado e, para isso, conta com o sucesso no Paulista.
Novorizontino
Tigre quer ser o terror dos grandes clubes
No ano passado, o Tigre mostrou as garras para os gigantes do estado e encerrou o Paulistão como o segundo melhor time do interior, somente atrás do Red Bull Brasil.
Entre os jogos marcantes, o Novorizontino derrotou Corinthians e Santos, empatou com Palmeiras e só perdeu para o São Paulo e para o próprio Verdão, na partida que resultou na queda nas quartas de final.
Com o saldo final positivo —e vaga na Série D nacional conquistada—, o clube de Novo Horizonte espera repetir o feito.
“Todo ano procuramos um sucesso maior do que do ano anterior. Em 2019, fizemos um grande Paulistão, tivemos vitórias contra grandes equipes e atingimos vários objetivos, como avançar ao mata-mata do Estadual e conseguir vagas na Copa do Brasil e na Série D. Queremos manter ou até melhorar a campanha”, afirmou Roberto Fonseca, que contará com atletas que participaram daquela boa campanha, como Paulinho, Adilson Goiano e Cléo Silva, e reforços como os atacantes Thiago Ribeiro e Guilherme Queiroz.
Santo André
Efeito ioiô assusta o Ramalhão no retorno à elite
A rotina da torcida andreense com o time tem sido uma mistura de alegrias e de tristezas. Afinal, tornou-se comum o Santo André subir e cair em seguida, sem conseguir uma sequência na elite estadual: foi rebaixado para a Série A-2 em 2011 e 2018, e ascendeu em 2016 e no ano passado.
Encerrar esse efeito ioiô é o objetivo do clube do Grande ABC neste Paulistão.
“Quando você vem de uma divisão inferior, você precisa procurar se manter por alguns anos seguidos na elite e, a partir daí, vai se estruturando para que possa se consolidar como uma equipe da elite paulista”, afirmou o técnico Paulo Roberto Santos.
“Fomos campeões [da A-2], mas agora é bem diferente, a qualidade dos adversários é outra. Buscamos a manutenção no Paulistão e, a partir daí, outras etapas”, comentou, ressaltando a dificuldade de encontrar jogadores no mercado.
“O Santo André não tem calendário nacional como outras equipes. Isso faz com que eles levem uma certa vantagem porque os atletas buscam um contrato para a temporada inteira.”
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