O aposentado Lucas Ricardo da Silva, 72 anos, do Parque da Mooca (zona leste), afirma que descobriu uma insuficiência cardíaca aórtica e, em fevereiro, procurou o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) para fazer um cateterismo, exame para apontar a extensão do dano cardíaco e determinar as diretrizes de uma cirurgia que ele precisa fazer no coração. Porém, o aposentado diz que, desde então, não consegue uma data para agendar o procedimento.
“Sempre fui muito bem atendido lá, mas, dessa vez, disseram que o equipamento está quebrado e não há previsão de conserto. Registrei uma reclamação na ouvidoria da instituição e responderam que não há o que fazer, só esperar. Estou fazendo”, conta o leitor.
Sem o exame médico marcado ou data para o conserto do aparelho, Silva tem medo. “Não tem como esperar. Preciso fazer a cirurgia ou corro o risco de morte, mas sem o exame não posso marcar o procedimento. Todos os outros já estão prontos, só falta esse. Ele critica o descaso. Tenho medo de morrer enquanto espero uma resposta”, afirma ao Agora.
Iamspe
Tel.: (11) 5583-7001
Procedimento não é urgente
O Iamspe afirma que o exame do paciente não é de caráter urgente e será agendado conforme data disponível. “Não sei mais a quem recorrer, como pode um cateterismo não ser urgente? Sei de outros pacientes que estão precisando e não conseguem marcar também”, conta.
“Estou proibido de subir escadas ou fazer qualquer movimento brusco. Tentei procurar a rede privada, mas o valor do exame, caso haja uma intercorrência médica, pode chegar a R$ 70 mil. Não tenho como pagar.”
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