Metroviários prometem greve para o dia 30

Companhia oferece reajuste, mas nega as demais propostas dos trabalhadores

São Paulo

Os metroviários prometem parar as atividades na terça-feira (30). A decisão foi tomada durante assembleia no sin­dicato da categoria na quin­ta-feira (25).

A paralisação atingirá as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Verme­lha. As negociações com o Metrô tiveram início no dia 4 de abril, mas somente no dia 25 a companhia apresentou a proposta.

Segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Metro­viários Wagner Fajardo, o Metrô não aceita pagar o au­mento real solicitado pela categoria, nem fazer a equiparação dos salá­rios de funcionários promo­vidos. Além disso, a companhia não quer custear o plano de saúde dos funcionários.

Os cerca de 8.500 empregados reivindicam reajuste salarial de 4,32%, mais 19,1% de aumento real por
produtividade, o mesmo percentual para o vale-refei­ção, que hoje é de R$ 850, e reajuste do vale- alimenta­ção de R$ 368,72 para R$ 726,81.

Segundo o sindicato, o Metrô ofereceu reajustar o salário e os valores, com base no índice IPC, da Fi­pe, que deverá ser fixado em torno de 5%, mas negou os demais pedidos. “Nos últi­mos seis anos, não tivemos nenhum aumento real e houve um aumento signifi­cativo de usuários, com redu­ção do número de funcioná­rios", afirma o sindicalista.

Ele diz ainda que o Metrô ofereceu zero de produtividade. "Ninguém quer a greve. Ela surge me­diante um impasse. O Metrô avançou pouco. Se houver nova proposta até segunda-feira nós iremos avaliar.”

A cate­goria também quer negociar a participação nos resulta­dos, mas a companhia ne­gou. Uma nova assembleia de­verá ocorrer no próximo dia 29 de abril para a delibera­ção e organização da greve.

Resposta

Em nota, o Metrô lamentou a decisão do sindicato, que rejeitou "a propos­ta de reajuste salarial e de­cretou a greve sem considerar os impactos para a população de São Paulo, que será privada do direito
ao transporte, elemento es­sencial para o bom funcio­namento da cidade".

A companhia informou ainda que o canal de comunicação continua aberto e que entrou com dissídio coletivo de greve, com pedido de liminar no TRT (Tribunal Regional do Traba­lho), para garantir o serviço de transporte aos passagei­ros.

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