O preço do tomate voltou a pressionar o orçamento das famílias. Com uma alta de 31,84% somente no mês de março, segundo a inflação medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o produto já passa de R$ 10 nos supermercados da capital e exige malabarismos do consumidor.
A dona de casa Zenaide Rico Citadini, 58 anos, da Bela Vista (região central), conta que, há uma semana, chegou a encontrar o quilo do tomate por R$ 4 em um supermercado da região. Ela aposta na pesquisa de preços para escapar da alta. “Hoje, está por R$ 10,99. Eu pesquiso até encontrar um bom preço.”
Nos restaurantes, a solução tem sido inovar: reduzir a quantidade e oferecer alguma compensação. No Arimbá, em Perdizes (zona oeste), a proprietária Angelita Gonzaga, 52, encontrou um jeito de não desagradar o cliente e nem ter prejuízo.
“Diminuo um pouco o tomate da receita e acrescento um outro vegetal. Se fosse repassar o aumento
para o consumidor final, os preços dos pratos estariam 10% mais caros. Se você repassa, perde o cliente”, diz.
Segundo o coordenador do IPC, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), Guilherme Moreira, essas variações de preço no começo do ano são esperadas.
“Verão e calor trazem muita chuva. A boa notícia é que a tendência é de queda. No mês que vem, o tomate deve chegar mais barato aos consumidores”, explica.
O pesquisador João Paulo Deleo, do Cepea/USP, diz que o recuo nos preços começa em maio para o consumidor.
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