Depois de ultrapassar os R$ 5 na capital paulista e no estado, o preço da gasolina teve leve queda nas últimas semanas. Pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) entre os dias 19 e 25 de maio aponta que o valor médio do litro do combustível é de R$ 4,206 em São Paulo.
Embora em época de safra da cana-de-açúcar, o etanol também não tem dado trégua. O preço médio na capital paulista é de R$ 2,706, mas há postos que vendem o litro por R$ 3,229.
Para ajudar o motorista a reduzir os impactos da alta no bolso, o Agora levantou dicas com especialistas para evitar o desperdício de combustível e saber qual o tipo mais vantajoso na bomba.
O principal ponto diz respeito à manutenção do veículo. Isso porque as peças que não estiverem em pleno funcionamento podem fazer com que o consumo de combustível aumente.
“As pessoas esperam o carro parar em vez de fazer uma manutenção preventiva. Pneu descalibrado, falta de balanceamento, injeção eletrônica suja, embreagem desgastada e freio desregulado impactam diretamente no aumento do consumo de combustível”, explica Arquimedes Torres Júnior, da Junicar Centro Automotivo.
Quem pretende comprar ou trocar de carro tem a chance de buscar economia antes da aquisição. Leandro Mattera, especialista em carros e autor do livro digital “Como escolher seu carro ideal”, afirma que é importante considerar, além do valor do veículo, os gastos posteriores.
“O Inmetro oferece uma tabela de consumo médio de combustível por modelo de carro. Os gastos podem variar, mas a tabela ajuda a comparar o consumo entre os modelos. É a chance de começar a economia de combustível desde a hora da compra ou troca do veículo”, diz.
Outro cuidado necessário é com combustível adulterado, que é o maior vilão.
Motorista diz ficar atento à manutenção
O motorista Douglas Saturnino, 34 anos, da Vila Carrão (zona leste), trabalhou como Uber durante dois anos. Além de reconhecer a importância da manutenção preventiva do carro, ele conta que escolheu um posto de confiança para abastecer sempre o seu veículo.
“Meu carro é 1.8 e automático. Aprendi a dirigir sem usar toda a potência. Além disso, sempre fico de olho na manutenção”, afirma o profissional ao Agora.
Ele comenta que, sem dúvida, escolher um posto de confiança foi o que mais ajudou nesse processo de economizar combustível para seguir com a vida de motorista de aplicativo, em que se gasta muito, mas que é necessário para seguir no mercado de trabalho.
“Fiz amizade com o dono e os frentistas, e estava sempre com o tanque cheio de um combustível que eu sabia que não era adulterado”, conta Saturnino.
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