O ministro Paulo Guedes, da Economia, anunciou nesta quarta-feira (17) que o governo vai liberar até 35% do saldo de contas ativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Na Argentina, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) confirmou a intenção e afirmou que isso deve ser oficializado em alguns dias.
O governo não detalhou como será essa liberação, mas o ministro Guedes disse que deverá ser no mês de aniversário do trabalhador.
Atualmente, a legislação prevê algumas situações nas quais é possível usar esse dinheiro, como na compra de um imóvel, na aposentadoria, em caso de desastre natural ou na demissão sem justa causa. Em caso de inatividade -quando o trabalhador fica desempregado, é possível retirar a grana a partir de três anos sem movimentação.
Em 2017, os trabalhadores foram autorizados a retirar o dinheiro das contas inativas até dezembro de 2015. Com isso, a grana depositada por ex-patrões até aquele ano puderam ser acessadas.
COMO CONFERIR O EXTRATO COMPLETO DO SEU FUNDO DE GARANTIA
Pessoalmente
O trabalhador pode ir em qualquer agência da Caixa, com seu CPF e número do NIS/PIS (que consta na sua carteira de trabalho, extrato do FGTS e cartão do cidadão)
Pelo celular
- Baixe o Aplicativo FGTS, disponível para os celulares com Android, iOS (iPhone) e Windows Phone
- Se você não possui senha cadastrada, clique em “Primeiro Acesso”
- Leia o regulamento e clique em “Aceito”
- Informe seu NIS/PIS
- Crie uma senha e confirme
Pelo site
- Acesse www.fgts.gov.br
- Clique em “Serviços gratuitos oferecidos pela CAIXA”, no canto superior direito da tela
- Selecione “Extrato do FGTS”
- Informe os dados pedidos
Documentos necessários
- Número do CPF ou do NIS/PIS
- Senha da internet (a mesma usada para acessar o extrato no site da Caixa e no aplicativo do FGTS)
Receba em casa
- O trabalhador pode receber o extrato do FGTS em seu endereço residencial a cada dois meses
- Para isso, deve informar seu endereço completo no site do programa, em uma agência da Caixa ou pelo telefone 0800-7260101
Por SMS ou email
Basta cadastrar o telefone celular e o email na Caixa para receber as informações
HISTÓRICO
- Criado em 1966, era alternativa à estabilidade no emprego —o seguro-desemprego só veio em 1986.
- Hoje pode ser sacado em 9 casos, entre eles demissão sem justa causa, aposentadoria, compra da casa própria ou aos 70 anos
- Há no Congresso 165 projetos para ampliar as hipóteses de saque
- O governo anunciou no fim de maio que estuda liberar parte do saldo para estimular a economia
- Poupança forçada, o fundo paga aos trabalhadores só 3% de juros ao ano, o que corrói o patrimônio. De 1997 a 2017, rendeu 202% contra inflação de 250%, nos cálculos do economista Pedro Fernando Nery
- Enquanto o seguro-desemprego é mensal e cessa quando a carteira volta a ser assinada, o fundo é todo liberado na demissão
COMO DEVEM SER OS LIMITES PARA O SAQUE
- Até R$ 5.000 - saque de 35% do saldo
- Até R$ 10 mil - saque de 30% do saldo
- Entre R$ 10 mil e R$ 50 mil - indefinido
- Acima de R$ 50 mil - saque de 10% do saldo
Fontes: Caixa Econômica Federal e reportagem
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