No dia 1º de agosto de 2018, Eduardo Vieira da Silva, 55 anos, deu entrada na sua aposentadoria. Segundo seus cálculos, ele contribuiu por 36 anos. O INSS discordou e, em setembro do ano passado, indeferiu o pedido.
"Estou com uma defasagem no Cnis [Cadastro Nacional de Informações Sociais], mas tenho holerites e recibos de férias que comprovam o trabalho", afirma.
O segurado entrou com recurso e, em janeiro de 2019, ganhou por unanimidade. "Eles reconheceram os três anos e dois meses. Fiquei esperando a carta com as informações do pagamento da aposentadoria, mas nunca a recebi", conta Silva. Isso porque, o INSS embargou o benefício.
"Toda vez que ligo para o 135, pelo menos uma vez por mês, sou informado de que está em análise. A última movimentação no processo foi no dia 4 de abril. Até quando vou aguardar? Eles aceitaram meus documentos no recurso. Não entendo esse embargo", queixa-se.
Além dos recolhimentos na carteira profissional, o leitor, que trabalhava como auxiliar de almoxarife, pagou o INSS por meio de carnê durante quatro anos, pelo salário mínimo.
"Paguei até quando consegui, porque tenho despesas com remédios para pressão alta e diabetes e estou desempregado desde 2015", relata ao Agora.
"Preciso desse benefício. Ninguém mais contrata que tem mais de 50 anos."
INSS embarga requerimento
O INSS diz que entrou com embargo na 5ª Junta de Recursos, por causa de falhas na comprovação do tempo de contribuição do segurado. Ao mesmo tempo, o instituto enviou correspondência à Caixa e ao Ministério do Trabalho, solicitando informações sobre vínculo do segurado com três empresas. O segurado será comunicado sobre o andamento de seu pedido e notificando para que apresente contrarrazões ao embargo.
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