Ao ingressar com um pedido de aposentadoria especial no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em 2016, o motorista de caminhão Wagner Silvestre Geraldes, 57 anos, não imaginava que seria tão difícil conseguir o benefício.
“Tudo começou quando dei entrada e o INSS disse que eu tinha apenas 23 anos de contribuição”, diz ele. O benefício foi negado.
Geraldes afirma que, na época, já havia acumulado os 25 anos necessários para se aposentar como motorista. A profissão é uma das que podem dar o benefício com menos tempo de contribuição a quem exerce atividade prejudicial à saúde.
As condições dessas atividades são comprovadas pelo PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), formulário no qual são detalhados o tipo de agente nocivo, o nível e a frequência da exposição, entre outros itens.
Atualmente, para quem não exerce atividade insalubre, é preciso contribuir por, no mínimo, 35 anos (homem) e 30 anos (mulher).
“Pediram um monte de documentos, enviei todos e, mesmo assim, nem olharam meu processo”, afirma ele.
De acordo com o leitor, como foi um período em que o INSS estava em greve, quase acabou desistindo.
“Tentei entrar com um novo pedido no ano passado, mas, dessa vez, um comunicado disse que eu tinha apenas três anos de contribuição. Não sei mais o que fazer, preciso de ajuda.”
Instituto contesta declaração
O INSS diz que o último pedido de Wagner Silvestre Geraldes foi negado em setembro por falta de tempo de contribuição.
“Alguns períodos não foram incluídos, como o tempo em que trabalhou no governo de São Paulo como estatutário. Para a inclusão, ele deverá apresentar a Certidão de Tempo de Contribuição, que deve ser acompanhada de declaração do governo informando a não utilização do período e, se for o caso, a alteração de regime”, diz nota.
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