O torneiro mecânico Rinaldo Cosme da Silva, 52 anos, afirma que espera há quase dez meses pela concessão da aposentadoria por tempo de contribuição.

“Dei entrada em março de 2019. À época, já tinha mais de 35 anos de trabalho, contando o PPP [Perfil Profissiográfico Previdenciário] de uma empresa em que trabalhei por 15 anos.”

Segundo Rinaldo, o pedido chegou a ir para a fila nacional do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e até outubro, diz ele, ficou sem resposta sobre o andamento da análise.

“Entrei com mandado de segurança em 10 de outubro, mais de dois meses atrás. Me deram um prazo de retorno em 45 dias, que não foi cumprido.”

Rinaldo explica que sofreu um infarto em 2012, o que o impossibilitou de continuar trabalhando.

“Decidi continuar contribuindo em cima de um salário mínimo, por meio do MEI [Microempreendedor Individual], para ter o benefício garantido, mas até agora, nada.”

O leitor diz que foi informado pelo INSS de que, por causa da demora, caso tenha o pedido deferido, terá direito aos retroativos.

“Acontece que preciso do dinheiro agora, e não daqui a não sei quantos meses. Sou casado e tenho filhos que dependem de mim. Minha esposa faz bolo para vender e, eu, bicos como pedreiro. Não temos nenhuma outra fonte de renda.”

Pedido vai retornar à perícia

O INSS diz que parte da documentação sobre a atividade especial exercida foi analisada pela perícia médica e o processo de pedido de aposentadoria prosseguiu para demais trâmites administrativos. Depois disso, diz o órgão, retornará à perícia para a avaliação do último período.

“O segurado pode acompanhar o processo pelo site do Meu INSS (gov.br/meuinss), por meio de cadastro e senha, ou pelo telefone 135, da Central Telefônica da Previdência.