Leitora reclama de benefício assistencial suspenso pelo INSS

Doméstica está há seis meses sem receber grana mesmo depois de fazer recadastramento

São Paulo

A doméstica Carmen Arruda, 74 anos, diz que não recebe o benefício da Loas (Lei Orgânica da Assistência Social) há seis meses.

“Entrei em contato com o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] e fui informada de que precisava fazer o recadastramento. Realizei o processo, mas não restabeleceram o pagamento e consta que o pedido está em análise”, explica.

Ela conta que, desde que começou a receber o benefício, em agosto de 2014, nunca tinha tido problemas.

Agora, além de precisar de ajuda financeira da filha, a situação apertou ainda mais por causa de problemas de saúde do marido.

Carmen Arruda, 74 anos, diz que o valor de um salário mínimo que recebe mensalmente é sua única fonte de renda: “Além de precisar de ajuda financeira da minha filha, meu marido está doente”  - Martha Salomão/Folhapress

“Meu esposo, como está doente e acamado, foi morar com a minha filha, que tem mais condições de cuidar dele. Durante o dia, vou para lá ajudar nos cuidados.”

Somados, os rendimentos do casal não ultrapassam os R$ 2.000.

“A sorte é que a nossa casa é própria. Só o meu plano de saúde está custando perto dos R$ 1.000 por mês, custeado pela minha filha. Preciso voltar a receber logo meu benefício.”

O BPC (Benefício de Prestação Continuada) da Loas é de um salário mínimo mensal e é voltado ao idoso (acima de 65 anos) ou deficiente de baixa renda que comprove sua condição.

INSS diz que é preciso recurso

O INSS afirma que a leitora Carmen Arruda solicitou a reativação do seu Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“No entanto, como o benefício foi suspenso, depois bloqueado e, então, cessado, a reativação somente poderá ocorrer mediante recurso da segurada.”

Outra alternativa, explica o órgão, é entrar com nova entrada no benefício. Qualquer das duas opções pode ser feita por meio do site gov.br/meuinss.

Assuntos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.