A operadora de telemarketing Juliana dos Santos Bellato, 33 anos, de Osasco (Grande SP), conta que, há mais de um ano, aguarda uma vaga para passar em um médico especialista em reumatologia, mas não consegue o atendimento na rede pública municipal de saúde de sua cidade.
Juliana relata que tem artrite reumatoide —uma doença inflamatória crônica que afeta articulações, como mãos e pés.
“Fui até a Secretaria de Saúde de Osasco procurar a assistente social, falei com ela sobre o assunto. Porém, o que ela fez foi apenas pedir para trocar a guia antiga e me orientou a aguardar novamente. Não estou aguentando mais as dores”, queixa-se ao Agora.
De acordo com a leitora, os remédios que utiliza para amenizar as dores também não são encontrados no município. “Tomo cinco tipos de medicamentos e preciso comprá-los na farmácia particular. Tenho um custo mensal médio de R$ 300. Estou comprando com ajuda dos amigos e familiares”, afirma Juliana.
Segundo a leitora, uma vez por semana ela precisa tomar Metrotrexato 2,5 mg, vitamina B e ácido fólico. Ela conta que também precisa de outros dois medicamentos diários: Azulfin 500 mg e Prednisona 20 mg.
“Estive em vários postos de saúde de Osasco e sempre dizem que preciso ligar, mas esses remédios nunca estão disponíveis”, afirma ela à reportagem.
Atendimento será feito dia 24 de março
A Secretaria de Saúde de Osasco , afirma que a consulta com o reumatologista foi agendada para 24 de março. A pasta diz ainda que os medicamentos Prednisona, ácido fólico e vitamina do complexo B estão disponíveis nas UBSs. O Azulfin e o Metrotrexato devem ser solicitados na farmácia central, pois são enviados pelo governo do estado.
A Secretaria de Estado da Saúde diz que o abastecimento de Metotrexato comprimido de 2,5 mg está regular. Já o Sulfassalazina será distribuído na próxima semana.
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