A dona de casa Maria Aparecida de Aragão, 61 anos, espera desde dezembro do ano passado pelo auxílio-doença do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Ela explica que é diabética, hipertensa e sofre de distrofia muscular nas mãos. No entanto, após passar por perícia médica, em janeiro deste ano, diz que o benefício foi negado. Ela, então, recorreu no mesmo mês.
“Fui orientada a baixar o aplicativo do Meu INSS e ficar verificando três vezes por semana se tinha alguma resposta. Mas, de lá para cá, o único retorno que tive foi o de que o INSS havia feito um encaminhamento do recurso, em março”, explica.
Desde o início da pandemia, em março, as agências do INSS estão fechadas. Serviços presenciais, como perícias, estão suspensos. A nova previsão de reabertura é o dia 24 de agosto.
A dona de casa conta que fez uma denúncia junto à ouvidoria do órgão em junho. A reclamação, porém, também não foi atendida.
“Tenho todos os laudos que confirmam os problemas de saúde que me impedem de trabalhar”, diz.
“A cada dia que passa, a situação fica pior. Não consigo nem mais pegar um copo de água, porque não tenho força nas mãos”, queixa-se.
A segurada explica que tem, ainda, desgaste nos joelhos. Segundo ela, a cirurgia não é realizada pelo SUS e ela não tem como custear o procedimento particular.
“Moro de aluguel e hoje dependo financeiramente das minhas filhas para tudo. Estou desesperada, sem saber o que fazer, e aguardo uma resposta do INSS.”
Instituto ainda avalia o pedido
A Superintendência Regional do INSS de Minas Gerais esclarece que o recurso está em análise pelo Conselho de Recursos da Previdência Social. Não há prazo para resposta.
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho informa que o processo foi enviado a uma das Juntas de Recursos.
Na última quinta-feira (30), diz a pasta, a ação foi submetida à análise da perícia médica para emissão de parecer, do qual depende o julgamento, por se tratar de auxílio-doença.
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