A supervisora de atendimento Cristiane Soares de Souza, 55 anos, espera há quase um ano a aposentadoria por tempo de contribuição do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ela diz que deu entrada do benefício em janeiro deste ano, quando já tinha completado os requisitos.

“Tenho 27 anos trabalhados com registro em carteira e três anos de contribuição pagos no carnê”, explica a segurada. “Hoje, como trabalho como PJ [pessoa jurídica], faço o recolhimento previdenciário como MEI [microempreendedor individual].”

Até a reforma da Previdência, em 13 de novembro de 2019, era possível pedir a aposentadoria por tempo de contribuição após 35 anos de pagamentos ao INSS, no caso dos homens, e 30 anos, no das mulheres.

A reforma acabou com esse tipo de aposentadoria, mas quem já estava no mercado de trabalho quando a medida entrou em vigor pode se aposentar em uma das regras de transição, como pontos e pedágio de 50% ou 100%, por exemplo.

Cristiane conta, ainda, que o INSS solicitou cumprimento de exigências, devido a um período registrado incorretamente em sua carteira de trabalho.

Ela explica que entregou os documentos solicitados, como carnês, carta de rescisão e carta da empresa, mas que, mesmo assim, seu pedido de aposentadoria continua em análise há praticamente um ano.

“Estou aguardando, sempre que consulto no Meu INSS, consta que está em análise”, queixa-se. “Não consigo nem ter um retorno, porque nunca consigo falar com ninguém no INSS.”

INSS pede comprovante da GPS

Em nota, o INSS afirma que analisou o pedido da segurada e, dando prosseguimento ao processo, solicitou a apresentação de comprovante de pagamento da GPS (Guia da Previdência Social).

“Verificamos que a senhora Cristiane acessou seu processo no Meu INSS e já cumpriu essa exigência em 22/12/20. O INSS enviará comunicado à segurada quando o processo for concluído”, diz o órgão. A segurada pode acompanhar seu processo pelo Meu INSS ou telefone 135.