Descrição de chapéu INSS

Leitora cobra diferença do valor do auxílio-doença

Segurada recebeu o equivalente ao mínimo durante suspensão das perícias

São Paulo

A segurada Silvane Braga dos Santos Gandra, 43 anos, cobra do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) o pagamento da diferença no valor do auxílio-doença pago a ela durante dois meses, entre maio e julho de 2020.

Em razão da pandemia de Covid-19, o INSS antecipou a concessão de um valor de auxílio-doença, de um salário mínimo (R$ 1.045 na época), já que, como medida preventiva contra o coronavírus, as perícias presenciais não estavam sendo realizadas. Medida semelhante foi adotada neste ano, por causa da segunda onda da doença.

Silvane Braga dos Santos Gandra, 43, precisou ficar afastada em 2020 após uma cirurgia - Arquivo pessoal

Foi definido que, para receber a antecipação, era necessário que o beneficiário enviasse, pela internet, atestado médico que comprovasse a doença. Além disso, quem tinha direito a um valor maior de benefício, receberia as diferenças depois. Para isso, havia algumas regras. Em alguns casos, o pagamento das diferenças seria feito automaticamente, mas nem todos receberam a grana.

Silvane, que trabalhava em uma empresa em Belo Horizonte (MG), teve de se afastar do trabalho por causa de uma cirurgia para retirada da vesícula. Segundo ela, seu salário, à época, era de aproximadamente R$ 1.750. Ela cobra a diferença sobre esses dois meses mais a correção do 13º proporcional.

De acordo com Silvane, ela apresentou, em dezembro, um pedido ao INSS para revisão do valor. Porém, ainda não obteve resposta.

“Em janeiro, a empresa me dispensou. Hoje, eu e meu marido estamos desempregados e com dois filhos. Esse dinheiro seria muito bem-vindo”, diz.

Caso está em análise, diz INSS

O INSS afirma que ainda não há uma resposta para o caso de Silvane. O instituto diz ter revisto os benefícios para confirmar se há direito a um benefício maior do que o de um salário mínimo. “Em alguns casos, como o da segurada, a revisão não ocorreu de forma automática por críticas do sistema em relação a possíveis pendências administrativas. Esses casos ainda estão em análise”, diz o INSS, que orienta Silvane a acompanhar o processo pela Central 135 ou pelo aplicativo Meu INSS.

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