Morador da cidade do Rio de Janeiro, Álvaro César Chaves Bispo, 62 anos, reclama do descaso do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) na concessão de benefícios. Ele espera a revisão de um auxílio-doença e a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição.
“O INSS não cumpre prazos para requerimentos, demonstrando um verdadeiro abuso contra os mais necessitados. Mesmo que sejam feitos todos os procedimentos possíveis, uso de ouvidoria, e reclamações no 135 e no Ministério da Economia, não é dada nenhuma solução”, desabafa.
Em dezembro de 2020, o segurado, que trabalha com conserto de equipamentos de informática, ingressou com um pedido de aposentadoria. A solicitação foi indeferida e, em fevereiro deste ano, ele apresentou recurso, cujo resultado não saiu até hoje.
“Como se trata da parte da população mais frágil, o assunto é tratado com desdém e abuso. A única alternativa dada é procurar a Justiça, mas isso nos leva para uma nova e longa espera, além de gerar mais um custo”, observa.
Ainda em fevereiro, ele teve que se afastar temporariamente do trabalho em razão da piora da lombalgia e da cervicalgia associada, problemas diagnosticados em 2019. O pedido do auxílio-doença foi negado, mesmo após recurso.
Em abril, após mais um pedido por meio de advogado, teve o benefício concedido. Em maio, pediu a revisão dos valores, mas a solicitação ainda está em análise.
O leitor afirma estar inadimplente e diz que a grana não é suficiente para arcar com o tratamento médico.
Aposentadoria não é concedida
Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) afirma que o benefício por incapacidade temporária —novo nome do auxílio-doença— do segurado Álvaro César Chaves Bispo foi concedido e os créditos já foram pagos. Entretanto, o instituto não respondeu aos questionamentos do Agora sobre a concessão de aposentadoria do leitor.
“Tanto o INSS como a Justiça nos obrigam a sobreviver como indigentes. É um abuso”, lamenta Bispo.
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