Honda Accord é a resistência entre os sedãs de luxo

Modelo tem motor 2.0 turbo de 256 cv e câmbio de 10 marchas

São Paulo

Antes da invasão dos utilitários esportivos, houve um tempo em que sinal de prestígio era ter um sedã na garagem. Quanto maior, melhor. Foi nesse tempo que reinaram modelos como Chevrolet Omega, Volkswagen Passat, Toyota Camry, entre outros. Agora, quem insiste na categoria é a resistência.

E quem resiste firme é o Honda Accord. O modelo foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado e começou a ser vendido logo em seguida. Até o final do mês passado, no entanto, apenas 110 unidades haviam sido emplacadas neste ano.

Esses poucos compradores pagaram R$ 204.900 para levar o luxuoso sedã com motor 2.0 turbo de 256 cv de potência acoplado a uma transmissão automática de 10 marchas. É o mesmo número do câmbio de carros como Ford Mustang e Chevrolet Camaro.

O visual outrora sisudo agora remete muito ao Civic, tentando mais ser um cupê de quatro marchas do que um sedã. Os faróis de LED encaixados na grade fazem o Accord ter cara de mau, amenizada pela grande barra cromada.

A traseira também lembra bem o "irmão menor" com lanternas em formato de "C". A ponteira dupla de escapamento reforça o estilo mais esportivo.

O motorista é bem recebido no carro mais sofisticado da Honda no Brasil. O banco fica recuado para se acomodar melhor. Quando o botão da ignição é pressionado, o assento volta sozinho para a posição previamente programada. Quando o carro é desligado, o banco vai para trás.

O câmbio dispensa a tradicional alavanca. O condutor aperta o "D", solta o freio de mão elétrico e pode acelerar com vontade.

O Accord é rápido, mas não é preciso. O objetivo é ser confortável e o bom acerto da suspensão entrega isso a todos os ocupantes. Para curtir melhor, o sistema de condução semi-autônoma pode ser acionado apertando mais alguns botões.

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