Em plena crise da dengue, fumacê é interrompido

Veneno que seria usado em Bauru foi recolhido por problema de fabricação

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Em meio a uma epidemia de dengue sem precedentes, Bauru (328 km de SP) interrompeu as nebulizações contra o mosquito Aedes aegypti por falta de inseticida. A cidade lidera o ranking nacional de casos da doença, com mais de 15 mil doentes confirmados e 17 mortes desde o início do ano.

Funcionário da prefeitura durante nebulização contra o mosquito da dengue na rua Domingos Marcelino Pereira, na zona norte de São Paulo - Eduardo Anizelli/Folhapress

Os ciclos de nebulização que estavam programados pela Prefeitura de Bauru, gestão Clodoaldo Gazzetta (PSD), só serão retomados quando o fornecimento do produto for restabelecido.

O veneno usado no fumacê é distribuído pelo Ministério da Saúde, e uma nova remessa do já foi solicitada pela prefeitura.

Segundo o ministério, o inseticida está em falta pois a fornecedora Bayer recolheu 105 mil litros do produto por problemas na fabricação. Um novo lote tem entrega prevista para junho. Procurada pela reportagem, a empresa não se pronunciou.

O ministério disse, porém, que o inseticida é usado como última estratégia para enfrentar o Aedes aegypti, uma vez que mata somente o mosquito já na fase adulta. Para compensar a falta do produto, o município disse que intensificou ações para eliminar criadouros.

No último balanço geral divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), em 15 de abril, o número de casos registrados em São Paulo era de 85 mil. Bauru, sozinha, corresponde a 17% do total. Na capital, até 23 de abril foram contabilizados 3.872 casos. No ano passado, em todo o estado foram 15 mil confirmações da doença.

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