Uma motorista de aplicativo de 36 anos foi mantida como refém por mais de uma hora, na tarde desta segunda-feira (5), entre os bairros da Lapa e Jaguaré, ambos na zona oeste da capital paulista, e também em Osasco (Grande SP).
O sequestro relâmpago foi registrado pela vítima, com o celular dela. Dois ladrões, ainda não identificados, levaram somente o documento de identidade da motorista, alegando que iriam procurá-la caso denunciasse o crime.
A vítima narra em um vídeo, feito após o assalto, que lhe foi solicitada uma corrida, por volta das 15h, na rua Dronsfield, altura do número 175, na Lapa. Segundo a polícia, a solicitação foi feita em nome de Felipe.
Chegando ao local, dois homens embarcaram no veículo. A princípio, a vítima imaginou que faria uma corrida rotineira. Quando ela chegou ao destino da dupla, na rua Engenheiro Vitor Freire, no Jaguaré, os criminosos anunciaram o assalto. “Foi muito rápido. Um deles abriu a porta do motorista, me empurrou e assumiu o volante. Eu pulei para o banco de trás”, narrou a vítima em vídeo.
A partir deste momento, com a corrida já encerrada, os criminosos exigiram dinheiro da mulher, enquanto circularam com o carro dela. A vítima argumentou aos bandidos que não tinha dinheiro. Ela chegou a mostrar seu saldo bancário, e do aplicativo para o qual presta serviço, para provar que estava sem grana.
Durante mais de uma hora, os criminosos insistiram em conseguir algo da mulher, que gravou os rostos dos ladrões e alguns trechos da conversa mantida com eles, sem que percebessem. Em um momento do diálogo, um dos criminosos pergunta se a mulher tem filhos. Ao informar que sim, os ladrões falam que iriam atrás das crianças, caso a mulher pedisse ajuda à polícia.
Após pouco mais de uma hora, os ladrões desembarcaram do carro da mulher e fugiram a pé, levando somente o documento de identidade dela.
O caso foi registrado no 40º DP (Vila Santa Maria), mas será investigado pelo 7º DP (Lapa);
Resposta
A empresa de aplicativo de transporte de passageiros 99 lamentou o crime sofrido pela motorista, acrescentando que está em contato com a vítima para lhe oferecer todo o suporte necessário.
"Assim que a denúncia foi registrada, a 99 bloqueou o perfil do passageiro responsável pela chamada enquanto o caso é investigado pelas autoridades", diz trecho e nota.
O aplicativo ainda disse que está disponível para colaborar com as investigações da polícia, além de frisar que "trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana, para cuidar da proteção de seus usuários".
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