Postos de saúde de SP registram movimento intenso para vacinação contra o sarampo

Unidades de saúde registraram filas, com espera de até meia hora

São Paulo

Na véspera do encerramento da campanha de vacinação contra o sarampo na capital, previsto para este sábado (31), alguns postos de saúde apresentaram movimentação intensa, inclusive com filas de 20 a até 30 minutos, em busca da dose nesta sexta (30). 

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou a morte de dois bebês por complicações do sarampo, em Barueri (Grande SP). Na quarta a pasta já havia confirmado a morte de um homem de 42 anos, na zona leste da capital

Na UBS Sé (centro), por exemplo, pessoas de várias faixas etárias procuraram a Unidade Básica de Saúde.
A comissária de bordo Fernanda França, 23 anos, precisou ir a dois postos para conseguir se vacinar. Ela está inserida na faixa etária —de 15 a 29 anos— com o maior número de casos confirmados de sarampo na cidade: 805. 

Fila de para a vacina contra o sarampo de adultos na UBS da Sé. O tempo de espera era de cerca de 40 minutos - Rubens Cavallari/Folhapress

A cobertura para esses jovens, porém,  está longe da meta na capital, com apenas 41,4% de pessoas vacinadas.

“Já tinha ido tomar a vacina em um posto da Barra Funda [zona oeste], mas a moça da unidade falou que eu já sido vacinada quando criança e que não precisava mais”, diz. Diante do noticiário dos últimos dias, preferiu se prevenir.

“Eu vi na TV que pessoas da minha idade estão pegando sarampo. Como sou um pouco assustada com doença, resolvi procurar outra unidade. Mesmo assim, tive de ficar uns 20 minutos na fila”, afirma.

A secretária Alexandra Soares, 25, quis aproveitar o horário do almoço, já que trabalha em um escritório nas proximidades da UBS, mas acabou desistindo. 

“Tem uma espera de meia hora. Como eu li que os postos vão continuar vacinando contra o sarampo, vou voltar semana que vem em outro horário”, afirma.

O dona de casa Rosimeire Aparecida da Silva, 55, levou a filha, Micaela, de 8 anos, para se vacinar e também reclamou da demora. 

“Decidi trazê-la porque teve um caso da doença na família, mas demorou para darem a dose”, afirma.

A coordenadora de Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), Solange Saboia, diz que, mesmo com o fim da campanha, os postos vão continuar vacinando contra o sarampo para os públicos-alvo de 6 a 11 meses e de 15 a 29 anos.

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