A paralisação de motoristas e cobradores na quinta-feira e a greve desta sexta mudou, literalmente, a rotina do segurança Alexandre Barnabé Ribeiro, 36 anos.
Ele saiu do trabalho, por volta das 22h de quinta da região do Grajaú (zona sul) e afirmou não ter conseguido retornar para sua casa, no Cambuci (centro).
“Acabei passando a noite na rua. Estou 24 horas direto [sem dormir]”, afirmou Ribeiro, por volta das 9h desta sexta-feira (6). Ele aguardava em frente ao terminal do Grajaú uma carona de seu irmão para, finalmente, ir para casa e poder dormir.
No terminal de Santana (zona norte), por volta das 11h30, a auxiliar de enfermagem Cristiane Elizabeth Pereira dos Santos, 44, também esperava carona, de sua filha, que a levaria até o Jardim Bela Vista (zona sul).
Ela constatou que nenhum dos ônibus que costuma usar estavam em operação no local.
“De manhã, meu marido me trouxe para trabalhar [em Santana] e pensei que até a hora de sair [12h] as linhas estariam normalizadas”, afirmou.
O copeiro Ailton do Nascimento Sousa, 44, aguardava para embarcar na linha 1741/10 (Vila Dionisia–Metrô Santana), um dos 18 itinerários da empresa Sambaíba que não operaram nesta sexta-feira, segundo a SPTrans. Ele havia acabado de sair de uma consulta médica “Eu não sabia que o ônibus não está rodando”, afirmou.
Ele constatou ainda que outras duas linhas que poderia usar também não estavam funcionando no terminal da zona norte. Por fim, Sousa decidiu ir embora para casa, no Jardim Peri (zona oeste), caminhando. A distância é de aproximadamente dez quilômetros.
Lucro
Mas nem todos se deram mal com a paralisação. É o caso do motorista de aplicativo Charles de Almeida Santos, 43. Ele afirmou que, entre as 17h de quinta e a 1h40 desta sexta, fez 12 viagens. Geralmente, neste período, o motorista disse realizar cinco corridas. (AH)
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