Inaugurada na última sexta-feira (20) pelo prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Tito Lopes, em São Miguel Paulista, zona leste, apresentou lotação de pacientes esperando por atendimento no início da tarde desta segunda-feira (23). Ouvidos pela reportagem, muitos reclamaram da demora.
Além disso, pacientes relataram que foram orientados por funcionários do Hospital Tide Setubal, próximo à UPA, e de AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) da região, como a "Sítio da Casa Pintada", a 1,5 km de distância, a procurarem pelo equipamento de saúde recém-inaugurado.
Na inauguração, Covas disse que a nova UPA tem capacidade para ao menos 10 mil atendimentos por mês, além 4.800 exames de raio-X e 4.000 de coletas laboratoriais. Apesar disso, os usuários da nova unidades precisaram esperar várias horas, em alguns casos, para serem atendidos.
Foi o caso do técnico em segurança do trabalho, William Fagner, 34 anos, que já aguardava na fila, após passar pela triagem, por duas horas para ser avaliado por um clínico geral.
"Estou desde ontem [domingo] com febre, vomitando e dor de cabeça. Vim para esta UPA porque é a mais próxima da minha casa, senão teria ido para a AMA do [hospital] Tide Setúbal. Achei que iria melhorar [o atendimento], mas está pior", reclamou Fagner.
A operadora de telemarketing Thaís dos Santos, 25, por sua vez, teve de pegar um ônibus com o filho, Murilo, 2, para se dirigir à UPA devido à falta de um pediatra na AMA vizinha à sua casa.
"Moro na mesma rua da AMA [Sítio da Casa Pintada], mas tive de vir para cá. Ele está com muita tosse. Ao menos não precisei esperar muito tempo para ele ser atendido. E o pediatra foi bem atencioso", afirmou.
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