Melanoma é o câncer de pele mais agressivo

Doença pode se espalhar pelo corpo, como ocorreu com Roberto Leal

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São Paulo

A doença que matou o cantor Roberto Leal, na semana passada, é considerado o tipo de câncer de pele mais agressivo: o melanoma. Ele se espalha com grande rapidez atingido outros órgãos, como aconteceu com o astro português.

"Melanoma é câncer de pele originário dos melanóticos, as células que produzem melanina e dão cor a nossa pele. Esse não é o tipo mais frequente de cânceres da pele, mas pode ter um prognóstico ruim e alto índice de mortalidade", diz o médico dermatologista Elimar Gomes, coordenador da campanha do câncer de pele da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).

São três os tipos mais comuns de câncer de pele: carcinomas, sarcomas e melanoma. "Diferentemente de outros tipos de câncer que ocorrem em regiões internas, o de pele tem a vantagem de ser descoberto mais rapidamente por ser visível, porém quando ele parece uma pinta, uma verruga, um cisto ou um calo, pode atrasar o diagnóstico e gerar complicações", diz Caio Lamunier, dermatologista do Hospital das Clínicas e membro da SBD.

A pessoa que verificar uma mudança de tamanho, formato ou de cor nessa pinta, deve procurar um médico o quanto antes. Segundo Gomes, "uma lesão considerada "normal" para um leigo, pode ser suspeita para um médico". 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 55 mil pessoas morram por melanoma todos os anos, o que representa seis mortes por hora. Segundo o Ministério da Saúde, ele representa 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

Um dos principais fatores que pode causar o câncer de pele é a exposição excessiva aos raios ultravioletas. "A radiação pode danificar o DNA das células da pele, e cerca de 50% dos casos de melanoma tem a mutação no gene", diz o médico Rodrigo Munhoz, oncologista especialista em melanoma do Hospital Sírio Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. "Outros fatores de risco incluem pele clara, imunossupressão, histórico familiar, olhos claros e excesso de pintas pelo corpo."

Diagnóstico rápido ajuda no tratamento

O câncer de pele tem chance de cura de 90%, mas para que isso aconteça é necessário procurar um médico logo ao notar algum tipo de sinal diferente na pele.

"Quanto mais precoce for sua descoberta e tratamento, melhores são as chances de cura. Um especialista pode te informar melhor se trata-se de uma pinta que não apresenta nenhum risco, uma pinta que merece acompanhamento ou uma pinta suspeita que deve ser retirada", diz o dermatologista Caio Lamunier.

Uma das preocupações também é o aumento da exposição a telas de computador e celular. Segundo os médicos, manter uma distância significativa ajuda a prevenir.

"A grande preocupação com o aumento da exposição a essas luzes é a luz não visível e os raios infravermelhos. Sabe-se que eles também aumentam a incidência de câncer de pele. Não existe um consenso sobre distância mínima segura. Quanto mais próximo, maior é a exposição", diz Caio Lamunier.

ilustraçao do viva bem sobre melasma do dia 22 de setembro
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