Universos paralelos no cinema

Filmes levam personagens a versões do presente e a viagens ao passado

Bill Murray e Andie  MacDowell em cena de "Feitiço do Tempo"
Bill Murray e Andie MacDowell em cena de "Feitiço do Tempo" - Divulgação
São Paulo

No cinema, um acidente, uma hipnose ou simplesmente um carro levam personagens a universos paralelos, em que voltam ao passado, conhecem uma nova versão do presente ou vivem na pele de outra pessoa.

"Yesterday", de Danny Boyle, que estreou na semana passada, é o longa mais recente dessa vertente. Nele, um músico fracassado sofre um acidente durante um apagão e acorda em um mundo onde os Beatles não existem. Só ele se lembra das canções da banda, e passa a apresentá-las como se fossem suas, tornando-se um astro mundial.

Um dos meus filmes preferidos dessa linha é "Feitiço do Tempo", de 1993, um clássico em se tratando de universos paralelos. A trama acompanha o personagem de Bill Murray, espetacular como o jornalista que, de repente, acorda sempre no mesmo dia, ficando "preso" em 24 horas. Dia após dia, ele encontra as mesmas pessoas, nas mesmas situações, fica entediado, tenta se matar de várias formas (mas acorda no mesmo dia!) e, por fim, se empenha em conquistar o amor de sua vida.

"Quero Ser Grande" segue a fórmula da "troca de corpo". O filme, que deu a Tom Hanks sua primeira indicação ao Oscar, traz um menino que, após pedir para "ser grande", acorda no corpo de um homem. Um clássico dos anos 1980. Impossível esquecer Hanks "tocando" um teclado gigante em uma loja e brinquedos.

Já em "Peggy Sue", de Francis Ford Coppola, a personagem título vai à festa de 25 anos de formatura usando o vestido em que havia sido coroada rainha da turma. Ao receber o título novamente, ela desmaia. Quando acorda, voltou no tempo: ainda é adolescente. O conflito surge: sabendo que, adulta, estava para se divorciar do namorado da escola, Peggy vai repetir o que aconteceu ou vai rechaçar o rapaz? Um filme sobre as escolhas que fazemos na vida. Atualmente, a obra não está disponível em serviços de streaming, mas vale ficar de olho, pois sempre volta às TVs por assinatura.

A volta no tempo também é o centro da trama de "Em Algum Lugar no Passado", sucesso entre os românticos nos anos 1980. Christopher Reeve é um jovem dramaturgo abordado por uma idosa que pede que ele volte para ela. Curioso, ele usa hipnose para voltar ao início do século passado, onde encontra a mulher, uma atriz por quem se apaixona. 

Já em "Meia-Noite em Paris", de Woody Allen, a viagem ao universo paralelo é feita em um carro, que sempre passa em uma rua no horário do título. O personagem de Owen Wilson, um roteirista de Hollywood, é levado à efervescente Paris dos anos 1920, onde convive com Picasso, Salvador Dalí e F. Scott Fitzgerald, entre outros artistas. Seduzido por essa época, Wilson não quer voltar ao presente. Mas fica a questão: o passado sempre é melhor do que o agora?

ONDE VER
Preços pesquisados até o dia 5 de setembro de 2019

FEITIÇO DO TEMPO
NOW: R$ 6,90 (aluguel)
Google Play: R$ 5,90 (aluguel) e R$ 19,90 (compra)
Claro Vídeo: R$ 6,90 (aluguel)
iTunes: R$ 9,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra)
americanas.com.br: DVD por R$ 19,99
amazon.com.br: DVD por R$ 55

QUERO SER GRANDE
NOW: gratuito para assinantes
Microsoft Store: R$ 3,90 (aluguel) e R$ 29,90 (compra)
iTunes: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 29,90 (compra)
Google Play: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra)
Telecine Play: grátis para assinantes
americanas.com.br: DVD a partir de R$ 19,90 e blu-ray a partir de R$ 119,99

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO
Google Play: R$ 9,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra)
iTunes: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 29,90 (compra)
americanas.com.br: DVD a partir de R$ 9,99
livrariacultura.com.br: DVD por R$ 19,90

MEIA-NOITE EM PARIS
NOW: R$ 6,90 (aluguel)
​Google Play: R$ 2,90 (aluguel) e R$ 12,90 (compra)
iTunes: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra)
Claro Vídeo e HBO GO: grátis para assinantes
americanas.com.br: DVD a partir de R$ 16,99 e blu-ray a partir de R$ 39,90
amazon.com.br: DVD e blu-ray por R$ 39,90

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.