Chuva provoca inundações na capital e morte na Grande SP

Uma mulher teria ficado presa na estrutura metálica de uma empresa em Ferraz de Vasconcelos

Elaine Cranconato Fábio Pescarini
São Paulo

As fortes chuvas provocaram alagamentos, enchentes, quedas de árvores, desmoronamentos e interrupção em linhas de trens nesta quarta-feira (8) na cidade de São Paulo.

Uma mulher de 38 anos morreu no interior de uma empresa em Ferraz de Vasconcelos (Grande SP). Segundo os bombeiros, o prédio fica ao lado de um córrego que transbordou. Ela estava presa entre estruturas metálicas e foi retirada por uma equipe do Samu, porém, não resistiu.

Uma casa desabou em Mauá (Grande SP), mas não houve vítimas.

Equipe do Corpo de Bombeiros procura o corpo de uma mulher que desapareceu ao cair em córrego durante a chuva de terça-feira (7) à noite, na zona leste - Rivaldo Gomes/Folhapress

O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas), da Prefeitura de São Paulo, colocou as cinco regiões da cidade em estado de atenção até as 19h50.

O Corpo de Bombeiros havia registrado, até as 22h30, 111 chamados para alagamentos e enchentes, 69 para quedas de árvores e 30 para desmoronamentos.

Ruas dos bairros Pinheiros (zona oeste), Glicério (centro), Jacanã (zona norte) e Itaim Paulista (zona leste) ficaram alagadas.

A circulação dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) chegou parar em três linhas.

Na linha 12-safira, desde às 17h50, o alagamento interrompeu a circulação dos trens entre as estações Jardim Romano e Engenheiro Manoel Feio.

A companhia acionou a operação Paese, com ônibus gratuitos para atender os passageiros no trecho afetado, mas não surtiu efeito, pois os veículos ficaram parados nos alagamentos.

Na linha 11-coral, o primeiro ponto de alagamento paralisou os trens entre as estações Mogi das Cruzes e Estudantes, depois entre Poá e Ferraz de Vasconcelos. Na 10-turquesa também houve alagamento.

Tiago Cabral Ferreira, morador da Vila Carrão (zona leste) diz que levou duas horas e meia para chegar em casa desde que saiu do trabalho, na região do Ibirepuera (zona sul).

"O metrô estava um caos em todas as linhas, por isso tive de ir de ônibus até o centro e pegar a linha 3-vermelha do metrô que estava cheia com maior tempo de parada entre as estações", diz. "Normalmente meu trajeto é pela linha verde até a Vila Prudente, mas lá estava um caos", afirma.

Desaparecimento

Uma mulher de 38 anos continua desaparecida após ter sido levada pela enxurrada na terça à noite. Ela sumiu por volta das 22h, na região do piscinão Limoeiro, na região de São Mateus (zona leste).

Nesta quarta, os bombeiros pararam as buscas as 17h por causa da chuva forte. 
Pelo volume de lixo e entulho no reservatório, uma retroescavadeira foi usada para desobstruir a saída da água no piscinão.

No dia 23 de dezembro, na primeira grande chuva deste verão, um motorista de aplicativo morreu afogado na garagem de um prédio que alagou em Santana (zona norte). 

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